25 fev, 2021 - 20:44 • Lusa
O presidente do PSD afirmou hoje que sempre considerou Carlos Moedas a "melhor solução" para a Câmara Municipal de Lisboa, defendendo que o partido não está obrigado a vencer na capital, mas que tinha de apresentar "uma candidatura forte".
Numa declaração sem direito a perguntas, Rui Rio anunciou a candidatura à capital do atual administrador da Gulbenkian e ex-comissário europeu pelo PSD e disse já ter comunicado a decisão ao presidente do CDS-PP, havendo uma "vontade comum" que Carlos Moedas seja o candidato dos dois partidos à Câmara.
"Nenhum partido é obrigado a ganhar nenhuma Câmara, nem sequer Lisboa, mas um partido com a dimensão do PSD é obrigado a apresentar aos cidadãos de Lisboa uma candidatura forte para poderem escolher", defendeu.
Rio admitiu que, para a Câmara de Lisboa, "havia várias soluções possíveis".
"Desde o início, achei que a melhor solução que o PSD tinha para apresentar aos cidadãos de Lisboa era o engenheiro Carlos Moedas", afirmou.
O líder do PSD admitiu que, se para si esta era uma opção "fácil", para o atual administrador da Gulbenkian foi "uma decisão de vida", que tinha de ser ponderada.
A decisão saiu de uma reunião realizada esta quint(...)
"Esta ponderação estava a ser feita desde há algum tempo a esta parte. A pressão tem aumentado e, nos últimos dias, houve uma enorme pressão e uma enorme especulação e entendemos, em particular o engenheiro Carlos Moedas, que devíamos acelerar a nossa decisão", explicou Rio.
Por isso, acrescentou, a decisão "foi acelerada e está tomada e foi sim".
"O engenheiro Carlos Moedas é o candidato do PSD à Câmara Municipal de Lisboa", disse.
O líder do PSD disse já ter comunicado a decisão ao presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, em vésperas de os dois partidos assinarem um acordo-chapéu para as coligações autárquicas.
"A vontade comum é que o candidato seja candidato do PSD e do CDS à Câmara Municipal de Lisboa", referiu.
Rio remeteu todas as perguntas para "o início da próxima semana", altura em que Carlos Moedas deverá explicar as razões da aceitação do convite.
"Dentro de alguns dias, poucos, iremos dar mais candidatos. Iremos dar provavelmente mais cem candidatos às câmaras municipais já nos próximos dias. Tal como eu tenho dito, estamos a trabalhar profissionalmente nesta matéria e os resultados vão-se ver", afirmou, salientando que a coordenação autárquica está a trabalhar desde junho.
Ao contrário da maioria das Câmaras, os casos de Lisboa e Porto não passam por propostas das concelhias e distritais.
Uma deliberação da direção do PSD de junho passado já tinha determinado que a escolha dos candidatos a presidentes de câmara das capitais de distrito, "nomeadamente de Lisboa e Porto", seria "da exclusiva responsabilidade da Comissão Política Nacional".