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Cavaco Silva não cumprimentou Marcelo porque "teve de regressar a casa"

09 mar, 2021 - 17:50 • Lusa

O antecessor do Presidente da República saiu mais cedo da cerimónia, mas o seu gabinete disse "teve imensa honra" em estar presente. Cavaco Silva acusou no fim-de-semana o Governo de "amordaçar" a democracia.

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O ex-Presidente da República Aníbal Cavaco Silva saiu da tomada de posse do atual chefe de Estado antes da sessão de cumprimentos porque "teve de regressar a casa", justificou o seu gabinete.

O antigo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva assistiu esta terça-feira na Assembleia da República à tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa mas não se deslocou ao Salão Nobre para a sessão de cumprimentos ao atual chefe de Estado.

Contactada pela Lusa, fonte oficial do seu gabinete indicou que Cavaco Silva transmitiu que "teve imensa honra em estar na cerimónia" mas "teve de regressar a casa logo que terminou".

"O professor Cavaco Silva teve de regressar a casa e não pôde ir aos cumprimentos", afirmou a mesma fonte, não adiantando qual a razão, mas indicando que "não há grande história".

Depois de tomar posse para o segundo mandato e de discursar, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deixou a Sala das Sessões do parlamento pelas 11h30, ladeado pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.

Os dois dirigiram-se ao Salão Nobre do parlamento para a protocolar sessão de cumprimentos ao chefe de Estado.

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Pouco depois, Aníbal Cavaco Silva saiu da sala onde decorrem as sessões plenárias e onde decorreu a cerimónia de posse, cumprimentou o núncio apostólico nos Passos Perdidos, e dirigiu-se à escadaria que leva à saída da Assembleia da República, não tendo chegado a entrar no Salão Nobre para cumprimentar formalmente Marcelo Rebelo de Sousa.

A sessão de cumprimentos durou 20 minutos, cerca de metade do tempo de há cinco anos, e foi marcada pela ausência de contacto físico, devido à pandemia de covid-19.

Os deputados, membros do Governo, líderes partidários e os poucos convidados foram passando por Marcelo Rebelo de Sousa e Eduardo Ferro Rodrigues, mantendo a distância de segurança. Os acenos com a cabeça ou com a mão foram os mais utilizados.

Em alguns casos houve também lugar para breves conversas, como com o antigo Presidente da República António Ramalho Eanes e a esposa, Manuela Eanes.

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