09 mar, 2021 - 14:19 • Redação
O Presidente da República visita o Vaticano e Espanha na sexta-feira, naquelas que serão as primeiras deslocações oficiais ao estrangeiro do segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa.
A notícia, avançada ontem pela Renascença, foi confirmada através de uma nota oficial publicada no site da Presidência da República
"Tal como em 2016, o Presidente da República desloca-se esta sexta feira, 12 de março, à Santa Sé, que teve um papel essencial no reconhecimento da independência de Portugal, onde será recebido por Sua Santidade o Papa Francisco, dias depois da histórica visita ao Iraque", refere a mensagem de Belém.
A Presidência da República adianta que Marcelo Rebelo de Sousa "cumpre também a tradição e visita, no mesmo dia [sexta-feira], a nossa vizinha e amiga Espanha, onde se encontrará Sua Majestade o Rei Felipe VI".
O chefe de Estado repete as viagens inaugurais ao Vaticano e Espanha, como tinha acontecido no primeiro mandato.
Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse esta terça-feira, numa cerimónia que decorreu na Assembleia da República, com medidas excecionais devido à pandemia de Covid-19.
No discurso de tomada de posse para o segundo mandato, Marcelo Rebelo de Sousa fez um balanço dos últimos anos e disse que "queremos melhor democracia onde a liberdade não seja esvaziada pela pobreza".
O Presidente da República tomou posse para o segundo mandato com apelos à estabilidade e defesa da democracia e metas para a luta contra a pandemia e para a reconstrução da sociedade. É urgente construir “um só Portugal”, declarou.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "é o mesmo de há cinco anos e de ontem", com independência, espírito de compromisso e estabilidade, e que assim será com qualquer Governo e maioria parlamentar.
"Portugueses, resta lembrar o óbvio. Sou o mesmo de há cinco anos, sou o mesmo de ontem, nos mesmos exatos termos eleito e reeleito para ser Presidente de todos vós, com independência, espírito de compromisso e estabilidade, proximidade, afeto, preferência pelos excluídos, honestidade, convergência no essencial, alternativa entre duas áreas fortes, sustentáveis e credíveis, rejeição de messianismos presidenciais, no exercício de poder ou na antecipada nostalgia do termo desse exercício, no respeito pela diferença e pelo pluralismo, na construção da justiça social, no orgulho de ser Portugal, de ser português", afirmou.
O chefe de Estado prometeu que "foi assim, assim será, com qualquer maioria parlamentar, com qualquer Governo, antes e depois das eleições autárquicas, antes e depois das eleições parlamentares, antes e depois das eleições europeias, antes e depois dos 50 anos do 25 de Abril em 2024".
"Que os próximos cinco anos possam ser mais razão de esperança do que de desilusão, é o nosso sonho e é o nosso propósito, um ano decorrido sobre tanto luto, tanto sacrifício, tanta solidão", acrescentou.