10 mar, 2021 - 15:31 • Lusa
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"Os especialistas disseram que há condições para se fazer alguma coisa antes da Páscoa. O quê e a que ritmo, é que é uma decisão que ainda não foi tomada", disse Pedro Siza Vieira em conferência de imprensa, após uma reunião extraordinária de concertação social.
Sem avançar com datas, nem especificar os setores que abrirão primeiro, o ministro Adjunto e da Economia afirmou que o processo de desconfinamento será "gradual e progressivo", dependendo da evolução geográfica da pandemia da covid-19.
O ministro assegurou que o Governo vai ter em conta, na elaboração do plano de desconfinamento, as recomendações epidemiológicas, económicas e sociais que tem recebido nas auscultações que fez aos especialistas, partidos políticos e hoje aos parceiros sociais.
"Estamos a ouvir o mais possível para recolher opiniões, para tomar uma decisão, que, em última análise, será política", afirmou.
Nos hospitais portugueses estão internados 1.201 d(...)
Segundo o ministro, este "é um exercício difícil" e acrescentou que "a grande dificuldade tem a ver com o facto de que não há regras e certezas absolutas para agir".
A reunião de hoje da Comissão Permanente de Concertação Social teve como objetivo ouvir a posição sobre o desconfinamento que deverá ser anunciado pelo Governo na quinta-feira.
O ministro da Economia disse aos jornalistas que os parceiros sociais manifestaram o desejo de que o processo de desconfinamento seja iniciado o mais rápido possível, mas sem avanços e recuos.
No encontro foram ainda discutidas medidas de apoio à economia e Siza Vieira disse que o Governo vai reforçar e alargar os apoios que estão atualmente em vigor, para os trabalhadores e para as empresas.
Portugal regista esta quarta-feira mais 22 mortes e 642 novos casos de Covid-19, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). É o valor mais baixo de mortes desde 24 de outubro.
O deputado André Ventura disse hoje que o desconfinamento começa segunda-feira, dia 15 de março, com ensino pré-escolar, vendas ao postigo, abertura de livrarias e eventual alívio de restrições nas deslocações.
"A ideia com que ficámos é que vai já haver um sinal de desconfinamento na segunda-feira, quando entrar em vigor o próximo estado de emergência", declarou André Ventura, do Chega, após uma audiência com o Presidente da República.
Já o porta-voz do PAN, André Silva, defendeu um desconfinamento "muito claro", num trimestre, incluindo atividades como os cabeleireiros e a cultura, após reuniões com executivo socialista e Presidente da República.
"A nossa preocupação fundamental é a de que o desconfinamento tenha um plano muito claro, que não seja extremamente longo, algo da ordem de um trimestre, que seja absolutamente claro par a ser compreendido por todas pessoas e assente em níveis e critérios sanitários, muito mais do que em tipologias de atividades económicas", disse, no Parlamento.