22 abr, 2021 - 12:25 • Susana Madureira Martins
Pelo segundo ano consecutivo, as comemorações do 25 de Abril são apanhadas em plena pandemia, em pleno estado de emergência, mas nem por isso o PCP quer deixar as comemorações limitadas à Assembleia da República, onde no domingo irá decorrer a habitual sessão solene.
Os comunistas defendem, em comunicado, que "estas comemorações são também uma prova de que a vida pode e deve prosseguir", com o partido a apelar "para que todos os que se identificam" com os "valores" do 25 de Abril "se associem e participem nas comemorações populares que, um pouco por todo o País, estão em preparação".
Ao mesmo tempo os comunistas pedem que se adotem "todas as medidas de proteção no plano da saúde pública e de prevenção face à epidemia", mas que a participação nas comemorações seja "também um momento para não deixar confinar direitos e liberdades".
Pedro Santos Guerreiro
No regresso do tradicional desfile comemorativo do(...)
O PCP exige resposta aos "mais urgentes problemas económicos e sociais que os trabalhadores e o povo enfrentam, decorrentes da epidemia", acusando, sem nomear, os que se aproveitam da atual situação "para aumentar a exploração".
Também sem nomear ninguém, o comunicado visa denunciar "ações provocatórias de cariz fascizante e outras manobras de diversão", que os comunistas consideram que apenas visam provocar "polémicas estéreis" para "diminuir o alcance e significado das comemorações do 25 de Abril", quer "sejam os atos oficiais," quer sejam "em particular, as de natureza popular".
Nas comemorações "populares", ou seja, por todo o país, os comunistas apelam à participação dos "trabalhadores, à população, à juventude e aos democratas", deixando de fora os que "pretendem destruir" o 25 de Abril, que para o PCP "comemora-se e defende-se com os que com ele estão identificados", lê-se no comunicado.