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Costa diz a sindicalistas europeus que é preciso "passar das palavras aos atos"

06 mai, 2021 - 18:00 • Pedro Mesquita

Na Confederação Europeia de Sindicatos, o primeiro-ministro afirmou que resposta económica e social à pandemia passa por estar atentos às condições precárias de trabalho e à igualdade de género.

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A Cimeira Social da União Europeia só arranca formalmente na sexta-feira, mas António Costa já fez o primeiro discurso, no Porto. O primeiro-ministro falou aos sindicalistas de toda a Europa para sublinhar que o plano de resposta económica e social à pandemia não poderá resumir-se a um mero pacote de boas intenções.

Na Confederação Europeia de Sindicatos, Costa disse logo a abrir, e sem rodeios, que é preciso agir.

"Precisamos de passar das palavras aos atos, fazermos juntos com que o pilar europeu dos direitos sociais se torne numa realidade para os nossos cidadãos", afirmou o primeiro-ministro.

Para agir, diz António Costa, é necessário estabelecer prioridades, sendo que para o líder do Governo “é preciso dar atenção às condições precárias de trabalho e à igualdade de género. "Temos que regular as novas formas de trabalho como o teletrabalho e trabalho pelas plataformas digitais. Temos que garantir acesso universal a cuidados de saúde de qualidade, temos que proteger empregos e apoiar os desempregados e reforçar a luta contra a pobreza, também entre as crianças", vincou.

O primeiro-ministro centrou-se na importância das transições para a economia verde e digital, mas lembrou que tem de ser dada resposta à ansiedade e receio de milhões de pessoas, em toda a europa.

“As transições verde e a digital são essenciais e oferecem-nos mudanças sociais importantes, mas trazem ansiedade a milhões e trabalhadores europeus e às suas famílias. Eles receiam pelo futuro do trabalho, as novas formas de trabalho, e a virtualização dos direitos que conquistaram com tanto esforço. Temos o dever de trabalhar em conjunto para responder às suas preocupações”, salientou Costa.

Aos sindicalistas europeus, António Costa sublinhou que este pode ser um momento histórico, que a oportunidade que não deve ser perdida, porque é preciso alcançar um objetivo comum: uma recuperação justa, verde e digital.

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