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Catarina Martins considera "absurda" proposta de reforma das Forças Armadas

15 mai, 2021 - 18:54 • Lusa

A posição do BE surge dias depois de 28 ex-chefes de Estado-Maior dos três ramos, incluindo o general Ramalho Eanes, assinaram uma carta a contestar o processo da reforma das Forças Armadas (FA) em curso e apelaram a um debate alargado à sociedade civil.

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A coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou este sábado, no Porto, a proposta de reforma das Forças Armadas feita pelo Governo "absurda" e de "absoluta submissão à NATO".

"A proposta do Governo é absurda, é uma proposta que centraliza decisões, é uma proposta de absoluta submissão à NATO e uma lógica belicista e o Bloco de Esquerda opõe-se ao que está a ser preparado", afirmou a líder bloquista, quando questionada sobre qual vai ser a posição do BE no debate agendado para terça-feira.

A posição do BE surge dias depois de 28 ex-chefes de Estado-Maior dos três ramos, incluindo o general Ramalho Eanes, assinaram uma carta a contestar o processo da reforma das Forças Armadas (FA) em curso e apelaram a um debate alargado à sociedade civil.

De acordo com o semanário Expresso e o "Diário de Notícias", a carta é subscrita pelo "Grupo dos 28" ex-chefes militares dos três ramos – com exceção do general Valença Pinto (Exército) – e é assinada à cabeça pelos mais antigos, o ex-Presidente da República general Ramalho Eanes (Exército), o almirante Fuzeta da Ponte (Armada) e o general Brochado Miranda (Força Aérea). Entre eles contam-se seis antigos chefes do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA).

Na carta com seis páginas, o grupo expressa "apreensão" e lança um aviso: a "perturbação provocada no ambiente das FA obriga-nos a isso".

As propostas do Governo que alteram a Lei de Defesa Nacional e a Lei Orgânica das Forças Armadas, aprovadas em Conselho de Ministros no dia 8 de abril, centralizam competências no chefe do CEMGFA.

Questionado este sábado de manhã, em Valongo, o Ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, remeteu o assunto para o debate agendado para o hemiciclo.

"É uma matéria que está na Assembleia da República, e a partir de terça-feira falaremos disso. Se está no Parlamento é para haver diálogo", concluiu o governante.

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