20 mai, 2021 - 00:30 • Lusa
O Presidente da República lamentou na quarta-feira à noite a morte do antigo ministro e fundador do PS António Coimbra Martins, destacando o seu papel em negociações político-diplomáticas após o 25 de Abril.
António Coimbra Martins, escritor, diplomata e um dos fundadores do PS, que foi ministro da Cultura do terceiro Governo liderado por Mário Soares (1983/1985), morreu esta quarta-feira aos 94 anos.
Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa manifesta pesar pela sua morte.
"Devemos-lhe diversas negociações muito relevantes do Portugal pós-revolucionário, como a reinserção de Portugal na UNESCO, a abertura de relações diplomáticas com a China e as políticas integradoras das comunidades portuguesas emigradas", assinala o chefe de Estado.
Nesta nota, o Presidente da República refere que Coimbra Martins foi "ensaísta, académico, fundador do Partido Socialista, deputado, eurodeputado e ministro da Cultura do IX Governo Constitucional".
"Professor em universidades francesas, fundou o Centro Cultural Português em Paris, cidade onde exerceria mais tarde funções de embaixador de Portugal. Publicou também diversos trabalhos histórico-literários, de que se destacam os Ensaios Queirosianos, de 1967", acrescenta-se, na mesma nota.
Nascido em Lisboa, em janeiro de 1927, António Coimbra Martins era formado em Filologia Românica, pela Universidade de Lisboa, e foi professor do ensino secundário e leitor de português nas universidades de Montpellier, Aix-Marselha e Paris, tendo depois ingressado como assistente na Faculdade de Letras de Lisboa, onde regeu a cadeira de literatura francesa.
Foi deputado do PS pelo círculo eleitoral de Vila Real em 1985 e deputado europeu entre 1986 e 1994, tendo integrado o Grupo Socialista no Parlamento Europeu.