23 mai, 2021 - 14:40 • Eunice Lourenço
O PS reagiu ao ataque à Convenção do Bloco que decorreu este fim-de-semana em Matosinhos. “Da convenção do BE percebe-se que não consegue sair de um partido de protesto para um partido construtor de soluções nas dificuldades, capaz de entender que nas divergências de cada partido é possível construir pontes e respostas que o país precisa.”, escreveu nas redes sociais a líder parlamentar socialista, Ana Catarina Mendes.
Num tempo em que, por causa da pandemia, não houve lugar para convidados de outros partidos no encerramento da Convenção bloquista, Ana Catarina Mendes não esperou pelo fim e ainda Catarina Martins discursava em Matosinhos, já a dirigente socialista anunciava disponibilidade para o diálogo, mas com uma crítica à cabeça de cada paragrafo.
“A tentativa, durante todo o fim de semana, de expiar o peso do voto contra, ao lado da direita, no último orçamento que reforçou o SNS, aumentou a proteção social, criou uma nova prestação para quem nunca descontou para a segurança social, aumentou a proteção no desemprego, garantiu o lay off a 100% aos trabalhadores para que não perdessem o seu emprego e o seu rendimento, apenas para dar alguns exemplos de um OE verdadeiramente social, é difícil de entender”, escreveu Ana Catarina Mendes.
Depois das críticas, a líder parlamentar do PS diz que o seu partido “esteve sempre disponível para dialogar e continua, porque o que está em causa é o País”. E acrescenta, fazendo questão de marcar a diferença entre bloquistas e comunistas: “No momento em que vivemos a maior crise das nossas vidas o que se exige é que saibamos ler o que os portugueses disseram nas eleições de 2019: o PS a liderar o Governo com o apoio dos partidos à esquerda no parlamento. O PCP percebeu isto e lutou no último orçamento com propostas próprias que estão a ser executadas.”
“Saibamos, pois, passada a espuma dos dias, encontrar as soluções para recuperar o país e continuar a dar uma vida melhor aos portugueses. Aqui estaremos para continuar o trabalho iniciado em 2015”, conclui Ana Catarina Mendes.