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Covid-19

Teste negativo para entrar em Espanha? "Muito estranho", diz Marcelo

07 jun, 2021 - 23:29 • Susana Madureira Martins

Presidente diz acompanhar a posição do Executivo, que admite aplicar o princípio da reciprocidade da medida adotada agora por Madrid. "É muito estranho que isso tenha ocorrido sem uma palavra ao Governo português."

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O Presidente da República diz ter recebido com estranheza a decisão do governo espanhol de exigir um teste negativo à Covid-19 para quem atravesse a fronteira vindo de Portugal.

Questionado esta segunda-feira à noite, no Funchal, onde estará até à próxima quinta-feira para as comemorações do Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas, Marcelo disse acompanhar a posição do Governo português, que admite aplicar o princípio da reciprocidade da medida adotada agora por Madrid.

"O Governo entende que é estranho e eu, naturalmente, tendo vindo de Espanha há dois dias, acho que não é estranho é muito estranho que isso tenha ocorrido sem uma palavra ao Governo português", disse o chefe do Estado.

Comparando a imposição espanhola com a retirada de Portugal da lista verde de destinos seguros do Reino Unido, Marcelo Rebelo de Sousa distinguiu os casos, "porque o Reino Unido já não está na União Europeia", mas sublinhou que, "em todo o caso, é um aliado tradicional de Portugal. Nós percebemos que, em tempo de pandemia, cada um trata de si e - isto aqui aplica-se aos que são crentes - Deus trata de todos. Mas há limites para este entendimento até no quadro da UE".

Daí esperar que seja possível um acordo com Espanha sobre esta matéria, em nome dos "laços de amizade, de relacionamento" e de "tradição no relacionamento com o país vizinho, que é a Espanha"

Já sobre o Reino Unido, o Presidente da República não poupa nas críticas à decisão de excluir Portugal da lista de países seguros sob o argumento da variante indiana.

"O argumento da variante não é argumento, as vacinas, todas elas - dizem os especialistas - cobrem essa variante e não é das variantes mais graves. Deve haver outros argumentos de natureza unilateral. Mas o nosso objetivo não é criar diferenças com estados, é criar entendimentos", conclui.

Comentários
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  • José J C Cruz Pinto
    09 jun, 2021 ILHAVO 07:24
    E não é que estão mesmo convencidos - e insistem em convencer-nos - de que foi um "equívoco"!?... E vai sempre ser assim,... até ao "equívoco" seguinte.
  • Cidadao
    08 jun, 2021 Lisboa 07:49
    Podem deixar-se enganar por sorrisinhos e pancadinhas nas costas e "no passa nada", mas quem perde de vista o ditado que "de Espanha, nem bom vento, nem bom casamento", quando chega a altura, é surpreendido por a Espanha ver primeiro os seus interesses e não hesitar um segundo que seja em nos tramar, se tiver de ser. "Nuestros Hermanos" dizem alguns... O tanas, digo eu
  • José J C Cruz Pinto
    08 jun, 2021 ILHAVO 06:25
    Será para nos rirmos,... esta tirada de que "só pode ser equívoco" ? É que é mesmo um equívoco - dos voluntariamente equivocados de sempre, peritos em escolherem a dedo os seus melhores amigos e irmãos (de pais diferentes) de sempre. [E abram bem a boca de espanto, para nos convencerem do vosso espanto!]

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