20 jun, 2021 - 11:02 • Eunice Lourenço
António Costa pediu um forte empenho aos jovens socialistas nas eleições autárquicas deste ano. Numa mensagem vídeo enviada à Convenção Autárquica da Juventude Socialista (JS), que decorre em Leiria, o líder do PS e primeiro-ministro justifica esse pedido de empenho com a limitação de mandatos e com o facto de as prioridades dos próximos tempos terem muito a ver com os jovens.
“Quero incentivar os jovens socialistas a participarem e envolverem-se no poder local democrático. Hoje, com a limitação de mandatos, cada vez o PS precisa mais de novos quadros que se vão renovando e essa renovação é fundamental também para trazer novas ideias. No próximo mandato, mais justificado vai ser”, afirma António Costa.
E continua: “As prioridades que temos na nossa política autárquica têm muito a ver com a vossa geração. Em primeiro lugar, a habitação. Como sabem, graças ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), vamos investir nos próximos anos 2 750 milhões de euros em habitação. Habitação social, mas também habitação acessível para jovens e para a classe média.”
A outra razão geracional é a necessidade de dar resposta às alterações climáticas. “O grande desafio que está colocado à humanidade hoje é enfrentar e vencer o desafio das alterações climáticas e, por isso, precisamos de um novo olhar, de um olhar jovens sobre aquilo que é o futuro das nossas cidades, das nossas vilas, das nossas aldeias, de qualquer dos nossos territórios. Uma agenda de mobilidade sustentável, de apoio ao transporte público são absolutamente essenciais”, diz o primeiro-ministro, que também considera o papel dos jovens nas autarquias “absolutamente essencial” devido ao aumento de competências das câmaras em matéria de educação.
Nesta mensagem, António Costa começa por dizer que “as autarquias locais são um local fundamental para o exercício do poder democrático e também uma escola de formação” Lembra a sua própria experiência, a começar pelo primeiro cargo político que desempenhou e que foi, em representação da JS, na Assembleia Municipal de Lisboa e a terminar nos oito anos como presidente de Câmara de Lisboa.
“O exercício do poder local é uma experiência extraordinária e única e uma grande escola sobretudo de experiência humana e de contacto com os cidadãos. No poder local não há distância, só há mesmo proximidade e a necessidade de responder aos problemas concretos das pessoas”, diz o líder socialista.