30 jun, 2021 - 13:47 • Lusa
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta quarta-feira, tendo ao seu lado o ministro da Administração Interna, que o essencial é apurar-se a matéria de facto sobre o acidente na A6 em 18 de junho.
O chefe de Estado prestava declarações aos jornalistas no final de uma visita à Unidade Especial de Polícia, no concelho de Sintra, distrito de Lisboa, em que esteve acompanhado por Eduardo Cabrita, quando foi questionado se não considera urgente haver explicações sobre este acidente com o carro em que seguia o ministro da Administração Interna, que provocou a morte de um trabalhador que realizava trabalhos de limpeza na berma.
"Para mim, o essencial é a matéria de facto. E haverá quem vá investigar a matéria de facto, há várias instâncias que se encarregam de investigar a matéria de facto para diversos efeitos", respondeu Marcelo Rebelo de Sousa, com o ministro ao seu lado, que não quis depois pronunciar-se sobre este caso.
O Ministério da Administração Interna disse que o (...)
O Presidente da República referiu que este "acidente infelizmente teve consequências mortais num cidadão" e afirmou que "as autoridades investigam, quem quer que seja que vá dentro do veículo automóvel e quem quer que seja o cidadão que seja atingido".
"Portanto, essa investigação, esse apuramento de facto deve decorrer e, a meu ver, não deve depender de saber se a A ou B ou C a conduzir ou ao lado do condutor ou atrás do condutor. É apurado, é apurado, o que for apurado é apurado", acrescentou.
Em seguida, a comunicação social perguntou ao ministro da Administração Interna se não queria aproveitar esta ocasião para finalmente falar sobre o acidente ocorrido há doze dias, mas Eduardo Cabrita defendeu que este não era "de todo o momento adequado".
"Não é este o momento adequado, porque normalmente quando o Presidente da República está presente, os ministros não falam", concordou Marcelo Rebelo de Sousa, que, no entanto, remeteu a decisão para o ministro: "Mas enfim, mas se quiser".
Perante a recusa do ministro, o chefe de Estado observou: "Não, entende que não".