Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Pandemia

Rui Rio defende adiamento das eleições autárquicas para novembro

01 jul, 2021 - 21:05 • Lusa

Líder do PSD contesta a realização das eleições municipais a 26 de setembro e defende que, no contexto de agravamento da situação epidemiológica, a ida às urnas deveria ser adiada até dois meses.

A+ / A-

O presidente do PSD, Rui Rio, disse esta quinta-feira não compreender a escolha do dia 26 de setembro para a data das eleições autárquicas e defendeu o adiamento até dois meses, por causa do agravamento da pandemia.

Em declarações aos jornalistas nos Passos Perdidos, na Assembleia da República, o presidente social-democrata considerou compreensível o argumento do Governo para não marcar as autárquicas para 10 de outubro, data proposta pelo PSD, “na exata medida em que a lei mudou e o Orçamento do Estado [para 2022] tem de ser entregue” até esse dia, e “compreende-se que é mau sinal estar a elaborar um orçamento e a debater um orçamento em período de campanha eleitoral”.

“O que não posso admitir é a razão pela qual o Governo e o PS, em particular, não aceita adiar as eleições autárquicas por um mês, um mês e meio, dois meses no máximo, justamente na altura em que a pandemia se está a agravar”, completou Rio.

O presidente do PSD acrescentou que “dá-se o cinismo ou a hipocrisia”, de o executivo marcar a data das eleições no mesmo Conselho de Ministros “onde se anunciam estas medidas mais pesadas por força do agravamento” do número de infeções.

Para Rio, o adiamento tem de ser feito “dentro do limite do razoável, ainda para mais agora que as coisas se agravaram”, ou seja, entre “um mês, um mês e meio”, mas “sempre no ano de 2021 e não em cima do Natal”.

O social-democrata disse que é impossível “garantir umas eleições democráticas, com todos os candidatos a poderem fazer, com o mínimo de liberdade, a sua campanha” com o enquadramento definido pelo Governo, acrescentando que esta decisão “poderá interessar ao PS”, já que que elegeu o maior número de autarcas nas eleições de 2017.

“Um presidente de câmara, por natureza e no exercício das suas funções, tem a campanha mais ou menos feita. Agora a oposição precisa de espaço para isso”, sustentou Rio, que foi presidente da Câmara Municipal do Porto entre 2002 e 2013.

O Conselho de Ministros marcou esta quinta-feira as eleições autárquicas para 26 de setembro, anunciou a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Na sexta-feira, no final de uma ronda de audiências com os partidos com representação parlamentar, na Assembleia da República, sobre a marcação deste ato eleitoral, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, adiantou que as associações nacionais de municípios e de freguesias preferiam as eleições autárquicas em 26 de setembro, enquanto os partidos se dividiam basicamente entre esta data e 10 de outubro.

De acordo com a lei eleitoral para os órgãos das autarquias locais, estas eleições são marcadas "por decreto do Governo com, pelo menos, 80 dias de antecedência" e realizam-se "entre os dias 22 de setembro e 14 de outubro do ano correspondente ao termo do mandato".

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+