05 jul, 2021 - 14:52 • Lusa
O presidente do PSD disse, esta segunda-feira, que a gestão do socialista Fernando Medina na Câmara de Lisboa ficou “mais destapada” com o caso da divulgação de dados à Rússia, que permitiu perceber que aquela autarquia “anda ao Deus dará”.
“Acho que a gestão de Fernando Medina ficou mais destapada com este caso da Rússia, mas também porque se percebeu que a Câmara Municipal de Lisboa é uma desorganização completa. É uma instituição que não tem gestão adequada, anda mais ou menos, não vou dizer à deriva, mas anda ao Deus dará”, observou, em declarações, no Porto.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o socialista Fernando Medina, apresenta hoje, na Estufa Fria, a sua recandidatura à liderança do município da capital, momento que, avançou fonte do partido, vai contar a com presença e intervenção do secretário-geral do PS, António Costa.
Sublinhando que a Câmara de Lisboa é das autarquias a que tem “de muito longe” o maior orçamento, o social-democrata defendeu que o futuro presidente do município deve ter capacidade de gestão e otimização dos recursos em prol de um melhor serviço da população.
“É bom que se eleja para a Câmara de Lisboa, que é uma grande instituição pública, alguém com capacidade gestão e que otimize recursos que a câmara de Lisboa tem a sua disposição e que melhor o serviço aos munícipes e que trate da cidade de Lisboa”, declarou.
Questionado pelos jornalistas sobre se Medina estaria à altura deste desafio, Rui Rio reiterou as deficiências que o caso da divulgação de dados de manifestantes às embaixadas colocou a nu.
“Por aquilo que nós temos visto e, fundamentalmente, que sobressaiu agora desta crise, da manifestação contra o Governo russo, percebemos todos, provavelmente os lisboetas ainda melhor, as deficiências da gestão camarária do PS, neste caso de Fernando medina na Câmara de Lisboa”, disse.
Fernando Medina é presidente da Câmara Municipal de Lisboa desde 2015, tendo sucedido a António Costa, atualmente primeiro-ministro.
Em 2017, venceu as eleições autárquicas na capital e o executivo de Lisboa é atualmente composto por oito eleitos pelo PS (incluindo dos Cidadãos por Lisboa e do movimento Lisboa é muita gente), um pelo BE, quatro pelo CDS-PP, dois pelo PSD e dois pela CDU.
Para a corrida à presidência da autarquia foram até agora anunciadas as candidaturas de Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), João Ferreira (CDU), Bruno Horta Soares (IL), Nuno Graciano (Chega), Beatriz Gomes Dias (BE) e Manuela Gonzaga (PAN) e Tiago Matos Gomes (Volt).
As eleições autárquicas estão marcadas para 26 de setembro.