Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Autárquicas 2021

"Quero ser a presidente da Amadora". Suzana Garcia promete um concelho mais seguro

07 jul, 2021 - 22:48 • Lusa

Candidata da coligação PSD, CDS-PP, Partido Democrático Republicano (PDR), Aliança e Partido da Terra (MPT) à Amadora prometeu 1.500 bolsas de estudo, e uma política de mais e maiores apoios gratuitos para as gerações mais velhas, desde ao lazer à mobilidade.

A+ / A-

A advogada e ex-comentadora televisiva Suzana Garcia, que encabeça a coligação Dar Voz à Amadora, comprometeu-se esta quarta-feira a tornar o concelho mais seguro, com mais espaços verdes e sem problemas habitacionais para os mais desfavorecidos.

Suzana Garcia apresentou-se esta quarta-feira à corrida à presidência da autarquia numa cerimónia que decorreu no parque central da Amadora, numa coligação que junta PSD, CDS-PP, Partido Democrático Republicano (PDR), Aliança e Partido da Terra (MPT).

O início da cerimónia ficou marcado pela queda do ecrã gigante colocado no local, devido ao vento que soprava, tendo a candidata, aquando do seu discurso, referido que o que apelidou de “percalço”, eram já “os ventos de mudança que se faziam sentir”.

“Não sou política, não quero ser política, quero ser a presidente da Amadora por um imperativo de consciência e compromisso convosco amadorenses”, disse Suzana Garcia, frisando que a sua missão “era a Amadora e os amadorenses” com os quais espera “poder mudar a cidade”.

Suzana Garcia garantiu, perante um vasto público que assistiu no anfiteatro do parque ao ar livre, ser “ambiciosa e rica” pois conta com os amadorenses consigo no projeto que defende para a quarta maior cidade do país.

A candidata comprometeu-se a “romper com décadas de insegurança” no concelho, com a criação da nova esquadra para a PSP da Amadora, uma promessa feita em 2009 por José Sócrates, frisando que irá rasgar o protocolo então assinado e fazer acontecer.

“Não podemos esperar mais”, sustentou. A candidata do PSD à Amadora é advogada e foi comentadora da TVI, onde manifestou posições polémicas como o apoio à castração química para pedófilos reincidentes, que tem sido defendida em Portugal pelo partido Chega e não tem o acordo do PSD.

Suzana Garcia rejeitou a designação do bairro da Cova da Moura como uma “favela democrática”, frisando não haver “nada de democrático numa favela” e, sublinhando, que será aqui que a voz da Amadora se irá ouvir.

“A mudança já começou à medida que oiço as populações. Não aceito, não admito e não tolero um horizonte temporal de 14 anos para a resolução dos problemas da Cova da Moura e da Encosta da Paiã”, disse, criticando a atual presidência da autarquia.

De acordo com a candidata, no seu mandato “não haverá mais bairros sociais mal planeados que não se integrem novas soluções às famílias de barracas ou habitações precárias, serão criativas e ousadas”, garantido que ninguém viverá numa casa em que ela própria não viveria.

A candidata lembrou ainda que os jovens e os idosos não vão ser esquecidos, prometendo 1.500 bolsas de estudo, e uma política de mais e maiores apoios gratuitos para as gerações mais velhas, desde ao lazer à mobilidade.

A saúde também não ficou esquecida no discurso, com Suzana Garcia a lembrar os problemas existentes no concelho, comprometendo-se a investir em médicos de família e valências de saúde primária.

A candidata comprometeu-se, igualmente, em ser “orgulhosamente o primeiro município português com multinacionalidades”, salientando que o seu executivo “será o reflexo do município”, onde se juntam várias raças e vários credos.

Suzana Garcia prometeu também mudar-se e viver na Amadora, tecendo críticas à atual presidente que não mora no concelho, referindo querer “caminhar nas ruas” e sentir quem vive na Amadora sente.

Presentes na cerimónia estiveram, entre outros, o vice-presidente do PSD, David Justino, o presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, e o presidente do MPT, Pedro Soares Pimenta.

Em 7 de abril, o coordenador autárquico do PSD, José Silvano, defendeu que Suzana Garcia é a “candidata mais indicada para ganhar” a Câmara Municipal de Amadora, considerando que as suas posições públicas não põem em causa os valores sociais-democratas.

Dias depois, o líder do partido, Rui Rio, disse que se Suzana Garcia não tivesse o perfil para a corrida à Câmara Amadora não teria sido aprovada, esclarecendo que os crivos mudam conforme os cargos e concelhos em causa numa candidatura.

O atual executivo da Amadora, presidido pela socialista Carla Tavares, é formado por sete eleitos do PS, dois da coligação Amadora Mais (PSD/CDS-PP), um da CDU e um do Bloco de Esquerda.

Para a corrida à presidência da autarquia da Amadora foram até agora anunciadas as candidaturas de Deolinda Martin (BE), António Borges (CDU)e José Dias (Chega).

As eleições autárquicas estão marcadas para 26 de setembro.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+