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Congresso socialista deve voltar ao formato inicial, admite Carlos César

06 ago, 2021 - 23:07 • Eunice Lourenço , Susana Madureira Martins

Presidente do PS recusa novo adiamento e contraria proposta de Daniel Adrião, o candidato derrotado nas eleições diretas de junho, que propôs o adiamento da reunião magna para outubro, para que pudesse decorrer em "condições normais", tendo em conta o calendário do desconfinamento. Carlos César rejeita esse cenário e admite reunião presencial num único local.

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Dois adiamentos e mais de um ano depois, o Congresso do PS pode voltar ao formato inicial: uma reunião de dois dias em Portimão, com participação presencial. “Estamos a estudar essa possibilidade, que nos parece viável e preferível”, disse à Renascença o presidente do PS, Carlos César.

O congresso esteve inicial marcado para o fim de maio de 2020, em Portimão. Uma marcação feita pré-pandemia. Foi então suspenso, sem nova data. Já este ano, foi marcado para 9 e 10 de julho, mas num formato misto: cerca de 1500 delegados, entre eleitos e inerências, reunidos em 14 locais distintos do país, mas ligados entre si por via eletrónica.

Contudo, a persistência da Covid-19 levou a novo adiamento, agora para 28 e 29 de agosto, mas também nesse formato misto. Entretanto, as eleições diretas para secretário-geral realizaram-se em junho.

Congresso "em condições normais" seria possível em outubro

Na quarta-feira, o dirigente socialista Daniel Adrião insistiu no adiamento do Congresso do PS, marcado para 28 e 29 de agosto, alegando que o mais recente plano de desconfinamento possibilita a realização da reunião em outubro “em condições normais”.

Adrião, candidato derrotado nas diretas de junho, defendeu, em declarações à Lusa, um novo adiamento agora para outubro.

Se fosse realizado em outubro, a reunião magna já poderia ocorrer em "condições normais", alega Daniel Adrião, que escreveu uma carta a Carlos César a pedir esse adiamento.

"Tendo em conta todos estes factos, a que acrescem as especiais responsabilidades do Partido Socialista, como partido do Governo, de se constituir como exemplo no cumprimento escrupuloso das obrigações que são exigidas aos portugueses, venho questionar o camarada presidente do partido, se é sua intenção manter a realização do Congresso Nacional nas datas previstas ou se considera que em nome do bom-senso e do sentido de Estado, este deverá ser reagendado para data oportuna, e realizado logo que se verifiquem as condições de normalidade que a reunião magna dos socialistas exige, desejavelmente na vigência da 3ª fase do novo plano de desconfinamento, que terá início em outubro", questionou Adrião na carta que enviou ao presidente do PS.

César chumba proposta de Adrião

Carlos César, contudo, respondeu de forma negativa a Daniel Adrião, escrevendo que não encontra razões para um novo adiamento.

Agora, numa declaração à Renascença, o dirigente socialista reafirma que não encontra razões para adiar novamente o congresso e admite mesmo que a melhor solução será a realização presencial em Portimão, num único local.

Portimão é um dos concelhos com maior incidência Covid-19, com uma incidência de 1.050 casos por 100 mil habitantes a 14 dias, de acordo com o relatório desta sexta-feira.

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