13 ago, 2021 - 18:04 • Lusa
O empresário Humberto Pedrosa afirmou esta sexta-feira que não se revê "no discurso e na prática política de partidos extremistas", após ter sido noticiada a realização de um donativo ao partido em seu nome.
"Não me revejo no discurso e na prática política de partidos extremistas. Não posso aceitar que utilizem o meu nome abusivamente em manobras políticas rasteiras", afirmou Humberto Pedrosa em declarações à Lusa.
O dono e presidente do grupo Barraqueiro, que detém também 22,5% das ações da TAP, reagia assim às notícias segundo as quais foi feito em seu nome um donativo de cinco mil euros ao partido Chega.
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Afirmando que nunca falou "pessoalmente com o Chega", com "algum representante do Chega" ou com o seu líder, André Ventura, Humberto Pedrosa destaca também que não é nem "militante" nem "simpatizante" do partido, e que "nunca" o financiou.
"Pelo tipo de insinuações de que estou a ser alvo, é fácil perceber as intenções. Tenho um histórico e um passado pessoal e empresarial que ninguém conseguirá manchar. Sobre as minhas convicções políticas, a todos os que importa, sabem quais são", indica.
No que se refere ao donativo ao partido Chega que surge em seu nome, e que a revista Sábado diz tratar-se de uma transferência de cinco mil euros, Humberto Pedrosa reitera que se trata de um "donativo único", feito a "nível pessoal" pelo filho com uns "quantos amigos", que surge associado ao seu nome porque foi emitido através de uma conta conjunta da qual o próprio é titular.
"Há na realidade, e eu sinto que há, um aproveitamento da situação, que é chata e desagradável na minha pessoa", realça o empresário.
Humberto Pedrosa diz também não perceber porque é que a questão do donativo está a ser ligada à sua participação na TAP, considerando que se tratam de "situações políticas" que não têm nem a ver com o próprio, nem com a sua situação na companhia aérea portuguesa.
"Nunca ouvi alguma declaração do André Ventura sobre a TAP. (...) Eu acho que está a ser muito aproveitado e muito ligado à TAP, também não sei porquê. Eu nem sequer tinha peso suficiente para que me pudessem defender na TAP contra o Estado. (...) Eu apenas tenho uma participação minoritária, a correr o risco de ser completamente diluída. Não há ligação absolutamente nenhuma", aponta.
Na quinta-feira, a revista Sábado noticiou que o empresário Humberto Pedrosa fez uma transferência de cinco mil euros ao Chega em junho de 2020, após um almoço que terá juntado, em maio de 2020, André Ventura a uma dezena de empresários.