18 ago, 2021 - 21:46 • Lusa
Pedro Santana Lopes, antigo primeiro-ministro e candidato independente à Câmara da Figueira da Foz, quer tornar este concelho num "exemplo para o país" e acusou PSD e PS de terem um “pacto” para atacar a sua candidatura.
Na apresentação do programa eleitoral, Pedro Santana Lopes, cabeça-de-lista pelo movimento Figueira à Primeira, reiterou que “não basta pôr Figueira da Foz no mapa, mas sim torná-la liderante” e fazer deste concelho do distrito de Coimbra “um exemplo para o país” em várias áreas.
Se ganhar a câmara municipal, o candidato quer “no primeiro dia, começar a limpeza do areal da praia com a devida proteção dunar” e avançar com a requalificação da frente de mar, assim como criar uma equipa permanente 24 horas para salvamento marítimo, tendo em conta os acidentes na entrada da barra do porto de pesca.
No seu discurso, destacou ainda a aposta de circulares externas, a concretização da piscina oceânica, a criação de um Centro de Investigação Florestal e a plantação de 40 mil árvores em todo o concelho, com a ajuda das empresas de celulose.
Em termos financeiros, se for eleito, tem como “compromisso sair do primeiro mandato com a dívida mais baixa do que quando entrou”.
O tribunal da Figueira da Foz recusou em 13 de agosto impugnar a candidatura independente de Santana Lopes à autarquia local, requerida pela candidatura do PSD liderada por Pedro Machado, segundo o despacho judicial a que a Lusa teve acesso.
No despacho, o magistrado do Juízo Local Cível da Figueira da Foz – Juiz 2 (integrado no Tribunal Judicial da Comarca de Coimbra), julga “improcedente a impugnação apresentada pelo PSD à candidatura do Grupo de Cidadãos Eleitores ‘Figueira a Primeira’”, o movimento independente de Pedro Santana Lopes.
Após impugnações sucessivas em tribunal, Pedro Santana Lopes defendeu que “existe um pacto entre PSD e PS” contra a sua candidatura, por estarem “em pânico e de cabeça perdida”.
“Como é que têm coragem de se apresentar a eleições, quando tiverem em funções nos últimos anos e fizeram pouco ou nada pela Figueira”, questionou, criticando os adversários de “terem hibernado nos últimos 12 anos" e "apresentarem medidas só quando há eleições”.
“Com outros teríamos quatro anos de hibernação e connosco quatro anos de trabalho, progresso e desenvolvimento pelos figueirenses”, concluiu.
Na Figueira da Foz, estão anunciadas as candidaturas de Rui Curado Silva (BE), Pedro Machado (PSD), Miguel Mattos Chaves (CDS-PP), João Carlos Domingues (Chega), Pedro Santana Lopes (independente) e Carlos Monteiro (PS), atual presidente da autarquia.
O executivo municipal da Figueira da Foz é liderado pelo PS, com seis mandatos, contra três do PSD, sendo que o partido retirou a confiança política a dois dos seus vereadores.
As eleições autárquicas estão agendadas para 26 de setembro.