26 ago, 2021 - 15:42 • Lusa
O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, que o partido pretende "crescer" nas eleições autárquicas e "ter mais autarcas" do que elegeu no ato eleitoral de 2017.
"O CDS parte para estas eleições autárquicas com um objetivo: é crescer. Nós queremos virar o país à Direita, a começar nestas eleições autárquicas (...), para que mudemos também o Governo Socialista no país, e queremos que o CDS atinja mais mandatos autárquicos do que teve em 2017. Portanto, queremos ter mais autarcas do que tivemos há quatro anos", disse o líder nacional do CDS-PP.
Francisco Rodrigues dos Santos falava aos jornalistas em Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda, onde, durante a manhã, acompanhado pelos candidatos autárquicos locais do CDS-PP, participou numa visita aos bombeiros e ao comércio local.
"Eu disse no congresso do partido, há um ano e meio, que farei das ruas de Portugal o meu escritório. Eu estarei ao lado dos nossos candidatos, vou percorrer os quilómetros que eles percorrerem, dormir as horas que eles dormirem e nunca nenhum deles andará sozinho", disse.
Segundo o presidente do CDS-PP, o partido, em Figueira de Castelo Rodrigo, com a candidata Dora Vilhena, tal como acontece no resto do país, apresenta "equipas competentes, que querem apresentar o CDS como a direita certa para o país e uma alternativa credível ao poder socialista".
O próprio líder também dá o exemplo com a sua candidatura à presidência da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital.
Referiu que nas eleições autárquicas deste ano o CDS-PP procura mostrar que "está vivo" e que o número de candidaturas apresentadas, superior a 2017, demonstra a vitalidade e a expressão do partido a nível nacional.
"Queremos que o CDS saia maior e mais forte em urnas, no ato eleitoral que vamos ter no dia 26 de setembro. É para isso que estamos a trabalhar", assumiu.
Francisco Rodrigues dos Santos também disse estar confiante num bom resultado eleitoral e pretende que o CDS-PP "dê um sinal de vida forte ao país e que ajude a virar Portugal à direita, crescendo, tendo mais autarcas eleitos do que teve em 2017".
"E creio que nós estamos perto de atingir este objetivo", concluiu.
O líder do CDS-PP acusou o PS de ter transformado o Estado “no maior centro de emprego do país”, considerando que o aumento do emprego deve-se ao “crescimento recorde” de contratação de funcionários públicos.
“À semelhança daquilo que acontece no poder local, mas também no poder nacional, o PS ocupou o Estado. Ocupou o Estado, engordou-o, pago pelos nossos impostos, para poder empregar os seus familiares e os seus amigos e transformou o Estado no maior centro de emprego do país, em vez de ser a economia real e os nossos empresários [a ter essa função]”, disse Francisco Rodrigues dos Santos.
Na opinião do presidente do CDS-PP, o cenário que descreveu “tem um custo: impostos”.
“O Estado começa a ser um sufoco e um peso na vida dos portugueses. Os portugueses nunca pagaram tantos impostos porque nunca tiverem uma máquina do Estado tão grande para suportar e completamente desajustada à vida real do país”.
Por isso, considera que “isto tem de ser invertido”, já nas eleições autárquicas de 26 de setembro.
Nas próximas eleições é preciso “contribuir para a mudança, para [que] as economias locais recuperem, para que [as pessoas] não dependam da Câmara para viver, para que não haja medo para mudar” e, assim, recuperar o país com base no crescimento da economia “e não nas dependências da máquina do Estado, nomeadamente nas autarquias locais”, defende.