28 ago, 2021 - 16:11 • João Malheiro
Eduardo Ferro Rodrigues alertou para os vários desafios políticos, económicos e sociais dos próximos anos no congresso do PS, na tarde deste sábado, em Portimão.
O presidente da Assembleia da República começou por abordar "as duas crises" que marcaram o último ano e meio: "Uma crise financeira económica e social e uma crise sanitária, que foi uma desgraça para muitas famílias", apontou.
O também militante do PS alertou que as "consequências da primeira crise ainda existem e a Covid-19 ainda está em marcha".
"Deixo o meu testemunho de gratidão a todos os que têm combatido a pandemia no SNS. O SNS foi essencial para responder a esta crise", realçou.
Eduardo Ferro Rodrigues avisou que "os tempos que aí vêm não vão ser fáceis".
"Temos heranças muito difíceis destas duas crises. E temos também as ameaças futuras. As climáticas, as demográficas e a transição para a economia verde e digital. É muito importante não deixarmos ninguém para trás", realçou.
O presidente da Assembleia da República mencionou ainda as "crises institucionais" que afetam as grandes democracias, pelo mundo, e que "os sinais de alarme" também já tocam na Europa.
"A ascensão da extrema-direita, o ódio racial às minorias, o ataque aos direitos das mulheres. Em Portugal, estes sinais também existem, embora com expressão, felizmente, ainda não alarmante", referiu.
Por isso, as eleições autárquicas, em setembro, "são um grande desafio democrático" para Eduardo Ferro Rodrigues.
E, no que toca à defesa da democracia, o PS volta a referir a importância da estabilidade.
"A estabilidade política neste tempo de grandes desafios continua a ser um elemento chave. O diálogo democrático, a abertura, as concessões mútuas que não ponham em causa o essencial para Portugal", defendeu o presidente da Assembleia da República.