29 ago, 2021 - 15:29 • Lusa
Em declarações aos jornalistas, no final do 23.º Congresso do PS, que terminou hoje em Portimão, Pedro Melo disse ter ouvido um discurso "profundamente marcado pela propaganda política".
"O secretário-geral do PS apresenta-nos uma visão do país que não tem adesão na verdade à realidade", declarou, considerando que os socialistas defendem que "nos últimos 25, 30 anos tudo aquilo que correu bem no país é fruto do trabalho do PS, quando na realidade é fruto da resiliência e da perseverança das famílias e das empresas".
O dirigente centrista apontou para "graves problemas" que o país atravessa destacando, a título de exemplo, "o 20% de portugueses, quase dois milhões de portugueses, que vivem abaixo do limiar de pobreza" e lamentando os "baixos salários" da classe média ou os valores também baixos das pensões.
Congresso PS
António Costa aproveitou o congresso do PS para an(...)
"O custo de vida é muito elevado, os impostos asfixiam as empresas e as famílias", aditou.
"E portanto, esta apresentação aqui feita do país, na lógica de que no passado o que correu bem é PS e agora vamos resolver tudo o que está mal para o futuro, um governo que já cá está há seis anos, no fundo só se pode entender como um discurso que é marcado pela propaganda política e também por grande retórica".
Questionado sobre se António Costa está para ficar "de pedra e cal", quer no PS quer no Governo, Pedro Melo recusou comentar assuntos da vida interna do PS. Quanto ao Governo, o dirigente disse que lhe parece que o primeiro-ministro ficará, "pelo menos até 2023".