03 set, 2021 - 20:58 • Lusa
O presidente do CDS-PP criticou esta sexta-feira o valor do subsídio de risco para as forças de segurança aprovado pelo Governo, considerando que "100 euros é um valor miserável" e "prova o desrespeito" para com os agentes.
"Cem euros é um valor miserável mas é quanto o Governo acha que as nossas forças de segurança merecem por todos os dias defenderem a nossa liberdade e defenderem-nos perante a criminalidade", afirmou Francisco Rodrigues dos Santos.
O líder centrista introduziu o tema em declarações aos jornalistas durante uma arruada em Lisboa, ao lado do cabeça de lista da coligação "Novos Tempos" (que junta PSD/CDS-PP/PPM/MPT e Aliança), Carlos Moedas, à Câmara de Lisboa.
Na ótica do presidente do CDS-PP, este valor "é miserável e prova bem o desrespeito que este Governo tem perante aqueles que todos os dias defendem a segurança, a liberdade, contra a criminalidade e que merecem da parte dos poderes públicos mais valor e mais justiça".
"Porque se somos um país seguro, devemos às nossa forças de segurança e 100 euros num Governo que dá tudo a todos, subsídios inclusivamente a quem não precisa deles, e dá ordenados chorudos aos seus comissários partidários, merecia dar muito mais aos nossos agentes da autoridade", frisou.
Francisco Rodrigues dos Santos aproveitou também para afirmar que "Lisboa tem um problema de segurança" e criticou que o "Governo nacional, à semelhança daquilo que tem acontecido na cidade de Lisboa, tem permitido que a extrema-esquerda tenha uma cultura de ódio e desrespeito permanente" perante as forças de segurança, "retirando-lhes autoridade e por sua vez liberdade e segurança aos lisboetas".
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou hoje que o subsídio de risco para a PSP e GNR será aumentando para 100 euros, aquém das pretensões das forças de segurança.
Em conferência de imprensa, o ministro sublinhou que este aumento representa uma despesa anual de 50 milhões de euros – "um esforço muito significativo" e sem comparação na atual legislatura – ao qual acresce cinco milhões de euros de despesa adicional, o que representa uma despesa permanente de 55 milhões de euros.
O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira a atualização do subsídio de risco para a PSP e GNR, uma matéria que tem gerado um diferendo entre os representantes dos profissionais destas forças de segurança e o Governo.
O subsídio de risco é uma das principais e mais antiga reivindicação dos polícias e a atribuição deste suplemento está prevista no Orçamento do Estado deste ano, numa decisão dos partidos da oposição e não do Governo.