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PCP recorda Carlos Costa pela "entrega na resistência ao fascismo"

06 set, 2021 - 23:59 • Lusa

Carlos Costa foi um dos protagonistas da fuga do forte de Peniche, em 3 de janeiro de 1960, onde, “juntamente com outros camaradas, entre os quais Álvaro Cunhal”, consegue escapar da prisão de alta segurança.

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O PCP recordou esta segunda-feira o ex-dirigente Carlos Costa, que morreu aos 93 anos, pela sua “dedicação e entrega na resistência ao fascismo”, salientando que o histórico comunista consagrou a sua vida “em defesa dos interesses dos trabalhadores”.

“Carlos Costa deixa-nos recordações da sua dedicação e entrega na resistência ao fascismo, pela democracia e o socialismo”, lê-se numa nota do Partido Comunista Português.

No comunicado, o PCP relembra que Carlos Costa, nascido em 1928, “aderiu ao PCP em 1943, ainda muito jovem”, tendo-se destacado “como militante e dirigente comunista” e “exercido as mais diversas tarefas e responsabilidades”.

O partido relembra ainda que Carlos Costa consagrou o “essencial da sua vida à luta em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo, contra o fascismo, pela liberdade e a democracia, pelo socialismo”.

Entre as notas biográficas que constam no comunicado, o PCP salienta que Carlos Costa foi “um dos fundadores do MUD Juvenil, tendo sido membro da sua Comissão Central”, e relembra que entrou “na clandestinidade como funcionário do PCP” em 1951.

Preso em 1953, o partido frisa que Carlos Costa foi um dos protagonistas da fuga do forte de Peniche, em 03 de janeiro de 1960, onde, “juntamente com outros camaradas, entre os quais Álvaro Cunhal”, consegue escapar da prisão de alta segurança.

De regresso à clandestinidade, é eleito membro do Comité Central do PCP em 1960, sendo que, após estar novamente preso entre 1961 e 1969, assume, em março de 1970, “a responsabilidade da Organização Regional do Norte”.

Após o 25 de abril, Carlos Costa foi “sucessivamente eleito deputado à Assembleia da República pelo círculo eleitoral do Porto, nas eleições de 1979 a 1987”.

“Foi membro da Comissão Política do Comité Central do PCP de 1974 a 1988 e do Secretariado do Comité Central de 1975 a 1990, tendo sido responsável pela Comissão de Atividades Económicas de 1975 a 1988 e pela Frente de Trabalho de Autarquias de 1976 a 1988. Exerceu também responsabilidades no âmbito da Comissão Administrativa e Financeira até 2012”, salienta o PCP.

No comunicado, o PCP transmite “as suas sentidas condolências” à também ex-dirigente comunista e companheira de Carlos Costa, Margarida Tengarrinha, e “à restante família”.

O ex-dirigente do PCP Carlos Costa, um dos protagonistas, com Álvaro Cunhal, da fuga de Peniche, morreu esta segunda-feira em Portimão aos 93 anos, confirmou à Lusa fonte partidária.

Carlos Costa nasceu em 28 de março de 1928, em Fafe, viveu no Algarve nos últimos anos e morreu no hospital de Portimão, distrito de Faro.

Aderiu ao PCP com apenas 15 anos, foi preso pela primeira vez em 1948, aos 20 anos, o que levou o histórico comunista a conhecer grande parte das prisões do Estado Novo, totalizando 15 anos de encarceramento.

Muitas vezes torturado, nunca prestou declarações à polícia política da ditadura, a PIDE, de acordo com uma nota biográfica distribuída pela família.

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