17 set, 2021 - 15:57 • Teresa Paula Costa
O líder do CDS-PP acusou esta sexta-feira António Costa de falta de sentido de Estado. Na Chamusca, onde participou numa arruada com o candidato à Câmara local e duas dezenas de apoiantes, Francisco Rodrigues dos Santos criticou o comportamento que António Costa tem tido durante os últimos tempos.
Rodrigues dos Santos defende que “os portugueses devem desconfiar de promessas feitas por políticos a dois meses das eleições”.
O líder dos centristas lembra que “António Costa é primeiro-ministro há seis anos” e, agora, “está a prometer tudo a todos para conseguir capitalizar votos para o Partido Socialista nas próximas eleições autárquicas”.
Para Rodrigues dos Santos, “isto parece um sinal de receio da vontade popular expressa em urnas” e, por outro lado, “uma falta de sentido de Estado de um primeiro-ministro que não deve utilizar o engodo da bazuca para persuadir alguma votação socialista”.
Até porque “a fatia de leão destes fundos vai ser atirada para a máquina do Estado” e não para beneficiar os empresários e a economia portuguesa.
Em Nome da Lei
No programa Em Nome da Lei da Renascença, o porta-(...)
Questionado sobre o porquê de não apresentar uma queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE), Francisco Rodrigues dos Santos rejeitou a “judicialização da política”. “Na política devemos travar argumentos e apresentar contraditório e combate político com vigor e energia” retorquiu o centrista, que classificou ainda como “demagogia” a atitude de Costa, cujo Governo gostaria que fosse “castigado nas próximas eleições autárquicas”.
Em declarações ao programa em Nome da Lei da Renascença, o porta-voz da CNE, João Machado, admite que as inaugurações e promessas que o primeiro-ministro anda a fazer pelo país podem pôr em causa os deveres de imparcialidade e isenção a que estão obrigados todos os órgãos do Estado e da Administração Pública, desde o dia de publicação da data das eleições autárquicas, 8 de julho.
O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições revela, no entanto, que, “até agora, a CNE não recebeu qualquer participação”. Pelo contrário, as queixas contra órgãos do poder autárquico já vão em 553, para um total de 730 participações.
João Machado admite que “a CNE apenas age quando recebe queixas, porque não tem meios para investigar autonomamente”.
Na Chamusca e, na companhia do candidato Tiago Prestes, o líder do CDS disse que, “numa terra tão de esquerda, é importante que haja partidos políticos que se reconheçam nos valores da doutrina social da Igreja, da solidariedade, da dignidade da pessoa e na defesa da família e da vida”.
Acreditando que “a vontade divina nos pode conduzir a grandes feitos”, o centrista considerou que “precisamos também de fazer por isso” pois, “se conseguirmos somar a esta energia, determinação, competência e às nossas propostas uma fé que seremos iluminados eu acho que temos mais capacidade para dobrar os impossíveis”.
Continuando o seu trabalho de apoio aos candidatos centristas, Francisco Rodrigues dos Santos prosseguiu para Torres Novas e Montemor-o-Novo distribuindo canetas, sorrisos e beijos, ora pondo, ora tirando a máscara.