21 set, 2021 - 23:46 • Lusa
O presidente do Chega, André Ventura, acusou esta terça-feira a ministra da Saúde de "andar no carro do Estado a fazer campanha" para o Partido Socialista, em vez que estar no gabinete a trabalhar para repor a saúde no Algarve.
“Há dois hospitais no Algarve, onde meio milhão de pessoas tem dois hospitais públicos e algumas das especialidades, a primeira consulta, demora mais de dois anos para se ter e anda uma ministra a passear-se com o nosso dinheiro e a dizer que temos o melhor serviço de Saúde da Europa”, apontou o líder do Chega, em Faro.
No Algarve existem três hospitais públicos, Lagos, Portimão e Faro, os quais compõem o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA).
Ao discursar perante cerca de 60 pessoas no comício que encerrou mais um dia de campanha para as eleições autárquicas de domingo, na doca de Faro, Ventura disse que “foram milhares as operações e as consultas adiadas e, em vez de serem repostas e de a ministra estar no seu gabinete a trabalhar para repor a saúde no Algarve, anda a passear-se no carro do Estado e a fazer campanha para o Partido Socialista”.
“A ministra [Marta Temido] anda com o carro do Estado para ir fazer campanha e ainda não veio dar nenhuma explicação ao país sobre este facto”, notou.
O líder do Chega acrescentou que também o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, esteve no Algarve e foi-se embora sem explicar como é que a sua ministra foi no carro pago pelos contribuintes, violando o próprio código de conduta do Governo”.
“A isto chama-se impunidade socialista, a impunidade dos que acham que podem fazer aquilo que quiserem em Portugal”, apontou.
Além da saúde, Ventura criticou também o que disse ser “a vergonha das portagens” na região algarvia e o estado das estradas: “Basta andar na Infante de Santo para ver quanto arranjada está”, notou Ventura ao referir-se à Autoestrada Via Infante de Sagres (A22).
De acordo com Ventura, o Algarve foi a região do país mais afetada pela pandemia de Covid-19 e merecia da parte do Governo “um olhar a sério para empresários que sustentaram durante anos o resto do país”.
“Para António Costa é completamente indiferente, pois ele sabe que terá lá sempre o Bloco de Esquerda e o PCP para continuarem a suportá-lo. Pode castigar os algarvios sempre que quiser, porque estarão lá sempre as muletas de serviço para continuar o seu trabalho”, apontou.
Ventura disse ainda que o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e a coordenadora do BE, Catarina Martins, andam pelo país todo “como dois bonecos” que existiam na Rua Sésamo: “O Jerónimo parece o Popas e a Catarina Martins, não vou dizer”.
“Sabem uma coisa, o Partido Socialista meteu no bolso o Bloco de Esquerda e o PCP. Hoje não há três partidos, mas um com a liderança de António Costa”, concluiu.