21 set, 2021 - 20:45 • Lusa
O candidato independente à presidência da Câmara do Porto Rui Moreira defendeu esta terça-feira um reforço do policiamento na zona da "movida", alertando que fenómeno do "botellón" regressou à cidade por conta do desconfinamento.
"A DGS [Direção-geral da Saúde] tem de se articular com o Ministério da Administração Interna e com o comando da polícia. Há que perceber que estamos a ter um botellón como nunca tivemos na cidade do Porto", alertou numa arruada que começou no Centro Histórico e passou pela Ribeira e a zona de Miragaia.
Sem quer comentar a decisões da DGS sobre a reabertura do setor, o independente, que se recandidata um terceiro mandato nas eleições de 26 de setembro, salientou que o fenómeno do "botellón" - que era um problema no Porto há "seis ou sete anos" - regressou por conta do desconfinamento, o que impõe que sejam tomadas de medidas que "salvaguarde os direitos dos outros cidadãos".
"E não venham dizer que não se pode vender álcool a partir de uma determinada hora. O que é facto é que se andarem na rua daqui a umas horas, verificarão consumo de álcool na rua", afirmou o atual presidente da Câmara do Porto, que falava aos jornalistas na zona da Reitoria da Universidade do Porto.
Sublinhando que a zona em causa tem sido motivo de preocupação, Rui Moreira revelou que tinha já, há várias semanas, escrito ao Ministro da Administração Interna, alertando para o crescimento desta pressão no espaço público.
"Nós compreendemos aquilo que as autoridades de saúde decidem e compreendemos que tenha de ser assim, não me compete a mim avaliar. A verdade é que a ser assim nós precisamos de mais elementos policiais", disse, dando como exemplo a zona das Virtudes, que "tem sido um problema todas as noites".
"Nós tivemos uma altura em que aquilo esteve inclusivamente gradeado. Mas nós não podemos gradear a cidade. Das duas uma: ou se permite que esses espaços reabram com condições ou então precisamos de medidas por parte do Ministério da Administração Interna e por parte da PSP", reiterou, salientando que este não é um papel que a autarquia possa assumir.