22 set, 2021 - 11:28 • João Cunha com redação
Catarina Martins insiste que António Costa nada fez para evitar despedimentos na refinaria de Matosinhos. A líder do Bloco de Esquerda diz que é mais um caso de mentira da Galp e de inação do chefe de Governo.
António Costa assina, esta quarta-feira, um artigo no jornal Público onde volta a acusar a Galp de irresponsabilidade e apela à ativação do Fundo de Transição justa que vai ajudar os trabalhadores afetados pelo fecho da refinaria.
“O artigo do primeiro-ministro não acrescenta nada ao debate”, começa por dizer Catarina Martins.
Para a bloquista, António Costa tem um problema. “Deixou que acontecessem os despedimentos e não fez nada. Também se recusou a aprovar as medidas do Bloco de Esquerda que impediam quem anda a distribuir lucros de fazer despedimentos”.
Considera que o primeiro-ministro está a aceitar o argumento mentiroso da Galp – que associa os despedimentos à transição energética – “quando nada do que a empresa se propõe fazer vai baixar as emissões. A Galp vai continuar a poluir e tem mais lucros com menos empregados”.
Depois do ministro do Ambiente ter acusado a empre(...)
No artigo do Público, o Primeiro-ministro vem esclarecer as polémicas declarações que fez sobre a Galp Energia, em que disse ser necessário dar uma “lição” à empresa dado a forma como lidou com o encerramento da refinaria em Matosinhos. Colocando água na fervura, o líder do PS diz que não irá além da utilização do fundo da União Europeia que ajuda as regiões e os trabalhadores na situação de transição climática.
“A pretendida ‘lição’ não é mais do que a utilização do Fundo de Transição Justa e a aplicação da legislação para proteção dos trabalhadores e do futuro do território“, escreve António Costa no artigo, assinalando que espera que “esta contextualização clarifique que não há contradição com o que disse anteriormente”. No texto, lembra partes do seu discurso na Cimeira Social e na ação de campanha em Matosinhos.
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