24 set, 2021 - 23:07 • Lusa
A coordenadora bloquista, Catarina Martins, afirmou esta sexta-feira que "não há partido mais determinado numa mudança na política autárquica" do que o BE, num derradeiro apelo ao voto contra maiorias absolutas e pedindo que "ninguém fique em casa".
No comício de encerramento da campanha para as eleições autárquicas de domingo, que decorre esta sexta-feira na Alfândega do Porto, Catarina Martins subiu ao palco anunciada por uma "voz off" pouco habitual, a deputada do BE Mariana Mortágua, que assumiu esta função juntamente com a eurodeputada Marisa Matias.
"Não há partido mais determinado numa mudança na política autárquica. Têm visto nas últimas décadas como a alternância dos mesmos partidos em tantos concelhos deixou de trazer propostas que sirvam o país", defendeu, dando como exemplo a habitação, os transportes, o ambiente, as questões da igualdade e até a falta de infraestruturas básicas.
Para a coordenadora do BE, "se há milhões para investir, investe-se na dignidade de quem trabalha, de quem trabalhou toda uma vida, de quem constrói este país".
"Em tantas cidades têm sentido que há a fiscalização devida dos executivos municipais? Alguém acredita que um Rui Moreira, com maioria absoluta, ou com uma oposição que só se abstém como temos tido até agora vai responder pela habitação, pelos transportes, pelo ambiente, pela igualdade na cidade do Porto ou vai ser negócios, como de costume?", questionou.
Do Porto para Lisboa, Catarina Martins não esqueceu Fernando Medina e outros candidatos do PS.
"Alguém acredita que se o PS tiver maioria absoluta em Lisboa ou noutras autarquias vamos finalmente ter respostas pela habitação ou vai ser negócios, como de costume?", perguntou.
A resposta não se fez esperar e a líder do BE considerou que toda a gente "sabe neste país que o Bloco de Esquerda é essa força determinada e é por isso que é tão importante que no domingo ninguém fique em casa".
"Este é o tempo de ir votar e ir votar no Bloco de Esquerda. Quem desespera porque não encontra uma casa, porque está a ser expulso pelos senhorios, porque não tem um transporte quando sai do trabalho ou para ir ao médico, porque a sua freguesia fica sempre esquecida sabe que conta com o Bloco de Esquerda para começarmos a mudar o país na política local que é a que está mais próxima", apelou, nos últimos momentos desta campanha eleitoral.