29 set, 2021 - 12:23 • Susana Madureira Martins , com redação
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considera que o vice-almirante Gouveia e Melo tem todas as condições para assumir as funções de chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA).
O líder comunista desconhece, para já, a exoneração do almirante António Mendes Calado e por que foi encontrada esta solução, mas para o partido nada a opor em relação ao vice-almirante.
“Naturalmente, o senhor vice-almirante tem todas as condições para assumir essa responsabilidade, no quadro das soluções a encontrar, embora ainda não se entenda ainda as razões por que não foi reconduzido o anterior e se encontrou esta solução”, disse esta quarta-feira Jerónimo de Sousa.
O secretário-geral do PCP falava aos jornalistas durante um intervalo da reunião do Comité Central, que está a analisar o resultado das eleições autárquicas de domingo.
Forças Armadas
O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho(...)
Jerónimo de Sousa reforça que não tem “nada a opor” à possível nomeação do vice-almirante Gouveia e Melo e aguarda por explicações sobre a exoneração do almirante António Mendes Calado.
O vice-almirante Gouveia e Melo vai ser proposto pelo Governo ao Presidente da República para substituir o atual Chefe do Estado-Maior da Armada que vai ser exonerado, adiantou à Lusa fonte próxima do processo.
A informação foi confirmada à Lusa por uma fonte próxima do processo e ligada à Defesa Nacional.
Henrique Gouveia e Melo assumiu o comando da 'task force' no passado dia 3 de fevereiro, na sequência da demissão do anterior coordenador Francisco Ramos, que esteve pouco mais de dois meses à frente da equipa.
De acordo com fontes ligadas à área da Defesa, o atual chefe do Estado-Maior da Armada, almirante António Mendes Calado deverá, por proposta do Governo, sair do cargo que ocupa desde 2018.
Os chefes de Estado-Maior dos ramos são nomeados e exonerados pelo Presidente da República, sob proposta do Governo, a qual deve ser precedida da audição, através do ministro da Defesa Nacional, do CEMGFA, prevê a lei orgânica das Forças Armadas.