13 out, 2021 - 16:41 • José Pedro Frazão , Marta Grosso
O secretário-geral adjunto do PS deixa, na Renascença, um aviso a quem quiser criar uma crise política chumbando o Orçamento do Estado para 2022: o melhor é fazer contas ao que realmente vale no país.
“Em caso de crise política, tenho dúvidas de que aqueles que têm hoje uma representação política, no fim de contas, pudessem contar com a mesma natureza de representação política. Eu estou convicto de que poderia haver uma transformação da própria representação política no Parlamento”, diz o homem que lidera o aparelho socialista no programa Casa Comum, emitido nesta quarta-feira.
Na opinião de José Luís Carneiro, os portugueses vão acabar por valorizar a estabilidade.
“Vale a pena avaliar bem as mensagens que têm sido transmitidas pelo conjunto da sociedade portuguesa e pelo conjunto das instituições para chegarmos à conclusão de que a estabilidade política nesta fase crucial, em que o país se prepara para recuperar económica e socialmente e para conseguirmos lançar as bases do futuro, é absolutamente essencial”, defende.
Estou convicto de que poderia haver uma transformação na representação política no Parlamento.
Contudo, até à votação final global, há tempo para encontrar entendimentos com outros partidos, destaca.
“Entre a entrada no Orçamento e a sua discussão na especialidade, e depois a sua aprovação final, há – como é do domínio público e tem havido ao longo dos últimos anos – um caminho de diálogo, de concertação de posições e de avaliação das propostas que são apresentadas nessa discussão na especialidade. Portanto, aquilo que nós queremos reiterar é que o Partido Socialista continua aberto para acolher as propostas que venham a ser feitas, para as avaliar e para verificar se há ou não condições para garantir que essas propostas continuam a garantir aquilo que é um pressuposto fundamental – que é o pressuposto do equilíbrio orçamental”, sublinha.
O programa Casa Comum é emitido às 13h05 e às 23h20.
OE2022
“Até à votação na generalidade ainda é tempo de en(...)
Nesta quarta-feira, Marcelo também deixou um aviso: se o Orçamento for chumbado, “muito provavelmente haverá eleições” e o país “não deve parar seis meses”.
“Eleições significa 60 dias entre a convocação e a realização. Não poderia haver eleições entre o Natal e o princípio do ano, portanto, ficariam para janeiro”, avisou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, perante o impasse em torno da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).
Portugal "não deve parar seis meses no pior moment(...)
Depois da entrega da proposta de OE2022 no Parlamento, o Bloco de Esquerda e o PCP afirmaram que, tal como está, chumbariam o documento.