13 out, 2021 - 06:10 • Ana Carrilho
Pela primeira vez na história da União Europeia, por encomenda do Comité Europeu das Regiões, foi realizado um levantamento ao número de eleitos locais nos 27 Estados-membros: são mais de 1 milhão 170 mil e ocupam cargos, desde o âmbito autárquico, incluindo freguesias e bairros, até ao nível de estado federado, províncias e regiões.
A todos foi enviado um convite para se pronunciarem sobre o futuro da Europa. Apenas 3.276 responderam (incluindo 62 portugueses) mas a tendência é clara: quase dois terços (64%) afirmam que as regiões não têm influência suficiente o futuro da Europa.
Segundo o inquérito, 87% consideram importante que tenham mais peso na definição das políticas e 94% defendem maior acesso das regiões e cidades aos fundos comunitários.
Por outro lado, 90% dos políticos que responderam ao inquérito defendem que as autoridades locais também devem ter maior influência na definição das políticas a nível nacional.
Questionados sobre os tópicos em que as regiões e municípios podem ter mais influência na definição das políticas europeias, os eleitos locais que responderam, destacaram três áreas: uma economia mais forte, justiça social e emprego (para 61%); alterações climáticas e ambiente (59%) e educação, cultura, juventude e desporto (50%).
Para cada 9 em 10 inquiridos, a melhor maneira de aumentar a democracia na União Europeia é com mais e melhor informação; e para 86%, o envolvimento da governação a nível regional e local na definição de políticas poderá aumentar a democracia na União Europeia.
Já 43% dos políticos que participaram no inquérito dizem ter conhecimento acerca da Conferência sobre o Futuro da Europa, mas desconhecem a realização de alguma iniciativa no seu círculo eleitoral.