29 out, 2021 - 19:21 • Ricardo Vieira
A CGTP considera que não há necessidade de eleições legislativas antecipadas após o chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).
A posição da central sindical foi transmitida esta sexta-feira pela secretária-geral, Isabel Camarinha, no final de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
“Não consideramos que haja necessidade de eleições antecipadas, mas isso será uma decisão do senhor Presidente”, declarou Isabel Camarinha.
A secretária-geral da CGTP considerou que há matérias a que o Governo continua a ter de dar resposta, mesmo com o parlamento dissolvido, defendendo ser “fundamental” que haja um novo salário mínimo em janeiro de 2022.
“Independentemente da decisão do senhor Presidente da República de dissolver ou não a Assembleia da República e convocar eleições antecipadas, há respostas que continuam a ser necessárias”, referiu Isabel Camarinha.
Em conferência de imprensa no final da reunião com o Presidente da República, no Palácio de Belém, a líder da CGTP disse que a luta pelos direitos dos trabalhadores têm que continuar e, por isso, a greve da função pública de 12 de novembro e manifestação nacional de 20 de novembro não vão ser desmarcadas.
"Os problemas dos trabalhadores continuam a ter necessidade de resposta, portanto, os trabalhadores têm que manifestar a sua exigência, a sua reivindicação para que essa resposta seja dada. Por isso, tem todo o sentido e mantêm-se as razões todas que nos levaram a decidir a convocação da manifestação nacional", sublinha Isabel Camarinha.
O Presidente da República está esta sexta-feira a receber os parceiros sociais e, no sábado, Marcelo Rebelo de Sousa tem audiências marcadas com os partidos com assento parlamentar.