30 out, 2021 - 19:26 • Lusa
A coordenadora do Bloco de Esquerda defendeu hoje a que as eleições legislativas "devem ocorrer o mais depressa possível" mas avançou que, para que a campanha seja "esclarecedora", seria "impossível" que tivessem lugar antes de 16 de janeiro.
Falando aos jornalistas no final da audiência com o Presidente da República, que recebe hoje em Belém os partidos com assento parlamentar para discutir a dissolução da Assembleia da República e a data de eleições antecipadas, Catarina Martins salientou que, "embora não fosse a opinião do Bloco de Esquerda, o Presidente da República decidiu legitimamente dissolver a Assembleia da República". .
"Neste cenário, nós consideramos que as eleições devem ocorrer o mais depressa possível, devem ser os seus partidos a adaptar os seus processos ao calendário eleitoral e não o contrário, e foi essa a posição que transmitimos também ao Presidente da República", indicou. .
No entanto, apesar de ser um "processo que está em andamento" e o de o país precisar de "definição e não de impasse", Catarina Martins salientou que, "naturalmente", também é preciso que "haja uma campanha eleitoral que seja esclarecedora", o que, na ótica do Bloco de Esquerda, seria "impossível antes do dia 16 de janeiro". .
A coordenadora do Bloco afirmou ainda que transmitiu a Marcelo Rebelo de Sousa que, "uma vez que o Governo não se demitiu e está na plenitude das suas funções", deve avançar com "as atualizações que estavam anunciadas, nomeadamente do salário mínimo nacional bem como das pensões, de algumas prestações sociais e dos salários da função pública", defendendo que "a folga orçamental deste ano dá perfeitamente para acomodar tudo isso". .
A delegação do BE hoje recebida pelo Presidente da República foi composta por Catarina Martins, pelo líder do grupo parlamentar do partido, Pedro Filipe Soares, e pela deputada e membro da Comissão Política Nacional Mariana Mortágua. .
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebe hoje, em Belém, os partidos com assento parlamentar para discutir a dissolução do parlamento e da data das eleições antecipadas.
As audiências decorrem por ordem crescente de representação parlamentar, tendo o chefe de Estado já recebido a Iniciativa Liberal, Chega, PEV, PAN, CDS, PCP e BE e prosseguindo com o PSD e PS.