01 nov, 2021 - 14:36 • Lusa
A Comissão Permanente do PSD enviou esta segunda-feira uma carta aos militantes do partido onde considera que a “antecipação das eleições internas” é “totalmente desajustada”, defendendo que o PSD deve estar “unido” no combate aos “verdadeiros adversários”.
Na missiva, o núcleo duro da direção do partido defende que as próximas eleições legislativas são uma “excelente oportunidade para o PSD aproveitar o bom resultado das autárquicas e ganhar essas eleições”, permitindo a substituição de “uma governação totalmente à esquerda por uma outra mais moderada”, liderada pelo partido.
“Para isso, em nome do interesse nacional e do nosso próprio partido, temos de estar unidos e totalmente focados no combate com os nossos verdadeiros adversários”, refere.
PSD
Pedro Rodrigues defende assim que o "PSD precisa d(...)
A Direção Nacional do partido salienta assim que, “em face desta realidade”, a antecipação das diretas do partido “para uma altura” em que “todos” devem estar “concentrados nas legislativas” é “totalmente desajustada das circunstâncias que o país está a viver e dos objetivos que o PSD deve prosseguir”.
“Os portugueses esperam do PSD uma alternativa clara e credível ao PS. Não esperam um PSD virado para uma disputa interna, enquanto o PS e o Governo vão fazendo livremente a sua campanha, aproveitando as nossas divisões eleitorais”, aponta a Comissão Permanente.
As diretas do PSD decorrem a 4 de dezembro, e apresentam-se como candidatos o atual presidente do partido, Rui Rio, e o eurodeputado Paulo Rangel.
Para o próximo sábado, dia 6 de novembro, está marcado um Conselho Nacional extraordinário do PSD.
A reunião foi pedida por um grupo de conselheiros apoiantes de Paulo Rangel que querem antecipar o congresso do partido para meados de dezembro.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deverá anunciar esta semana, na quinta-feira, a dissolução da Assembleia da República e a data das eleições legislativas antecipadas.
O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, pediu ao Conselho Nacional do partido o adiamento do congresso eletivo para depois das eleições legislativas antecipadas. Na resposta, o candidato Nuno Melo falou em "golpe" e vários militantes de peso anunciaram a desfiliação.