Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Rangel nega contradição. “Quem marcou eleições” foi o presidente do PSD

03 nov, 2021 - 19:01 • Rosário Silva

Candidato à liderança do PSD considera atual cenário diferente de 2019 quando se opôs a diretas.

A+ / A-

O candidato à liderança do PSD Paulo Rangel considera que o atual cenário político, próximo de legislativas antecipadas, "não é semelhante" ao de 2019, quando se opôs às eleições internas no partido, pela proximidade das europeias,

Acusado pelo líder do partido e recandidato Rui Rio de, em 2019, não ter querido eleições internas por se estar à porta das eleições europeias e agora defender o contrário, Rangel diz que não se pode comparar o que não tem comparação e recusa entrar no que chama de “pingue-pongue” político.

“Em 2019, havia uma moção de censura, não havia eleições normais. Quem marcou estas eleições foi o dr. Rui Rio, o presidente do partido, mas eu não vou fazer nenhum comentário porque a minha campanha é virada para o país, não é virada para o ataque aos adversários”, declarou o eurodeputado à margem da visita a uma pedreira no concelho de Vila Viçosa.

“Eu, assim como estou sereno com decisões instituições e de Estado, também estou sereno no partido. De mim ninguém vai ouvir nem sequer as explicações que facilmente mostrariam como se está a comparar o incomparável. Quem marcou eleições e abriu o processo não foi ninguém de fora, foi o presidente do partido, o que é normal porque de dois em dois anos tem que haver eleições. Não vamos suspender a democracia no PSD”, frisou.


O candidato a líder do PSD aguarda “com serenidade” e respeitará, a decisão do Presidente da República sobre uma eventual dissolução do Parlamento e eleições antecipadas, seja ela qual for.

À margem da visita a uma pedreira no concelho de Vila Viçosa, numa primeira ação de campanha interna, Rangel foi perentório em dizer que é preciso saber aguardar e respeitar as instituições.

"Não há que comentar ou falar mais sobre isso. Há que aguardar e respeitar a decisão do Presidente da República e trabalhar com ela. Eu, ao contrário de outros, respeito e protejo as instituições. É preciso proteger as instituições e não fazer desgaste delas”, declarou numa indireta a Rui Rio.

Paulo Rangel iniciou esta quarta-feira um périplo pelo país, numa campanha interna “virada para os portugueses”. Começou em Vila Viçosa e Reguengos de Monsaraz, dois dos municípios em que o PSD ganhou nas últimas autárquicas. A jornada termina esta noite com um encontro de militantes na cidade de Évora.

As diretas no PSD estão marcadas para 4 de dezembro e, no próximo sábado, vai reunir-se o Conselho Nacional do partido, em Aveiro, para analisar a situação política e um pedido de antecipação do Congresso por parte de dirigentes distritais e conselheiros (na maioria apoiantes de Rangel) de janeiro para entre 17 e 19 de dezembro.

Rio tem-se manifestado contra a realização das diretas face à proximidade das legislativas - cuja data ainda não está marcada -, mas ainda não esclareceu se irá avançar com uma nova proposta formal de adiamento, depois de o Conselho Nacional ter rejeitado essa ideia na última reunião em outubro, ainda antes do "chumbo" do Orçamento do Estado.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+