04 nov, 2021 - 19:35 • Lusa
Mais de 30 pessoas ligadas à fundação do CDS-PP e da Juventude Centrista subscreveram um documento no qual apelam ao diálogo entre os vários protagonistas do partido, recusando que “o CDS-PP se autodestrua em guerrilhas de fação”.
No texto, intitulado “Em defesa do CDS” e ao qual a Lusa teve acesso esta quinta-feira, os signatários indicam que estiveram “de uma forma ou de outra, envolvidos na criação do CDS e da Juventude Centrista”, e salientam que não aceitam “que o CDS se autodestrua em guerrilhas de fação” e “se torne irrelevante para a democracia”.
Por isso, “este documento é um imperativo de consciência”.
Apontando que esta tomada de posição pública “é também um apelo dirigido simultaneamente à atual direção do CDS e aos que a ela se opõem”, este grupo defende que “é tempo de diálogo”.
Salientam também que o partido “não foi construído para dividir e excluir, existe para unir e congregar” e que “só com unidade de propósito e pluralidade de opiniões o CDS merecerá novamente a confiança dos portugueses”.
Estes históricos indicam igualmente que não são movidos pelo “apoio a qualquer liderança ou oposição de circunstância”, mas pela “convicção” de que podem “contribuir para a revitalização do CDS”.
“Sabemos que podemos contribuir para que o CDS volte ao seu lugar de sempre, que soube conquistar na democracia portuguesa, forjado no combate pela liberdade, no apoio dos seus eleitores e no respeito dos seus adversários”, consideram.
O documento é assinado por mais de 30 personalidades ligadas ao CDS-PP, entre as quais o embaixador de Portugal na República Checa, Luís de Almeida Sampaio, que foi um dos oradores convidados da última edição da Escola de Quadros, organizada pela Juventude Popular.
Assinam também Amadeu Soares Leal, os ex-deputados Antonieta Dias, José Pires da Silva, Margarida Garcês e Manuel Vasconcelos, Francisco Roumier Ribeirinho, do IDL - Instituto Amaro da Costa, José Pedro d’Orey ou Luísa Fêo e Torres.
Os signatários defendem também que “o momento que o CDS atravessa não se supera nem com intransigência no debate interno nem com desfiliações de efeito dramático que nada acrescentam”.
“É por isso, também por isso, que assinamos este documento e que muitos de nós se voltam agora a filiar no CDS. Porque é preciso dar o exemplo. O bom exemplo. O CDS deve rapidamente voltar a ser testemunho de maturidade política”, acrescentam.
Alertando que “Portugal enfrentará nos próximos meses desafios políticos de monta”, estes centristas frisam que “neste momento difícil da vida nacional, o CDS, como tantas vezes fez no passado, deve dar exemplo de responsabilidade e patriotismo”.
“Mas só com unidade interna o poderá fazer. É, por isso, urgente restaurar um clima de serenidade no CDS”, acrescentam, salientando que “o CDS é indispensável à democracia” e “é indispensável a Portugal”.
O texto considera ainda que “é também tempo de esperança” e elogiam a “postura irrepreensível da juventude do partido nesta fase difícil”, referindo que “o futuro do CDS está em boas mãos”.