04 nov, 2021 - 20:45 • Redação
O secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, "compreende e respeita" a decisão do Presidente da República, de convocar eleições antecipadas para 30 de janeiro, e aponta o dedo ao PCP e ao Bloco por terem chumbado o Orçamento do Estado para 2022.
"O PS tudo fez para evitar esta crise política", afirmou o dirigente socialista, em conferência de imprensa na sede do partido.
José Luís Carneiro diz que o Governo foi "até ao limite do interesse nacional" para fazer aprovar o Orçamento do Estado para 2022, e que foram os partidos que o escolheram chumbar, "sabendo que o Presidente convocaria eleições".
O secretário-geral adjunto do PS considera que o Governo “apresentou uma boa proposta de Orçamento” que “previa mais investimento público”, “tinha apoios muito significativo para as empresas e para o conjunto da economia”.
José Luís Carneiro garante ainda que "não haverá um vazio do poder" e que o partido procurará a aplicação "atempada" do PRR e que o país seja "prejudicado o menos possível".
Crise política
Presidente da República explicou ao país as razões(...)
“Apelamos a uma forte mobilização dos portugueses para garantir certeza, confiança e estabilidade, fatores essenciais para o país”, declarou.
Num balanço da governação socialista, José Luís Carneiro disse que o executivo fez "um esforço imenso para chegar até aqui em Portugal e na Europa. Tivemos que vencer os momentos mais críticos da pandemia e proteger as nossas condições de vida. Conseguimo-lo", referiu.
O secretário-geral adjunto do Partido Socialista garante que "com o PS não haverá vazio de poder" até Portugal ter um novo Governo.
"Procuraremos que esta situação prejudique o menos possível o interesse de Portugal e dos portugueses. Tudo faremos para garantir a atempada e eficaz aplicação dos fundos europeus", salientou.
s eleições legislativas antecipadas vão realizar-se no dia 30 de janeiro do próximo, anunciou esta quinta-feira o Presidente da República.
Na mensagem que dirigiu ao país, para anunciar a convocação do ato eleitoral e para fundamentar as razões por que decidiu avançar com a dissolução do Parlamento, no quadro do chumbo do Orçamento do Estado para 2022, o Chefe do Estado desdramatizou uma nova ida às urnas, embora tenha reconhecido que “todos dispensávamos mais uma eleição”, poucos meses após as Autárquicas de setembro.