05 nov, 2021 - 11:45 • Susana Madureira Martins , Olímpia Mairos
O PSD exige que a Comissão Permanente da Assembleia da República funcione todas as semanas a partir da dissolução do Parlamento.
Em declarações aos jornalistas no final da reunião da bancada, o líder parlamentar social-democrata adiantou que já tem o acordo do Governo e da bancada do PS. Só falta formalizar o pedido na conferência de líderes marcada para dia 17.
“A comissão permanente pode funcionar e nós vamos pedir que ela funcione todas as semanas, seriam três semanas no mês de dezembro, depois vem o Natal e o Ano Novo, e duas semanas no mês de janeiro, depois vem a campanha eleitoral”, disse Adão Silva.
O líder parlamentar social-democrata explicou que “seriam cinco reuniões da comissão permanente, no mínimo”, com a especificidade de em todas as reuniões estar presente um ou mais membros do Governo, sobre um assunto ou vários assuntos.
Crise política
Presidente da República explicou ao país as razões(...)
Adão Silva considera que o Parlamento mesmo dissolvido não pode demitir-se das suas funções de fiscalização ao Governo. A decisão ficará agora a cargo da conferência de líderes parlamentares.
“Queremos deixar claro ao Governo que nós estamos atentos e fiscalizadores da sua ação e queremos deixar também claro ao povo português que o Parlamento não se demite naquilo que são as suas competências de fiscalização do Governo, de acompanhamento da ação do Governo e da administração e, portanto, fá-lo-á com o recurso e os meios que tem à sua disposição que é concretamente a comissão permanente e a possibilidade de chamar ao Parlamento, à comissão permanente membros do Governo”, sublinhou.
A Comissão Permanente da Assembleia da República, órgão com menos deputados que o plenário e poderes limitados, entrará em funções quando Marcelo Rebelo de Sousa dissolver oficialmente o Parlamento, na sequência do chumbo do Orçamento do Estado para 2022.