19 nov, 2021 - 22:10 • Lusa
O candidato a presidente do PSD defendeu, esta sexta-feira, um reforço da pedagogia junto da população antes de avançar para medidas restritivas e acusou o Governo de estar a falhar na comunicação relativamente à pandemia Covid-19.
Paulo Rangel falou aos jornalistas à entrada para um encontro com militantes do partido, em Bragança, e disse que ainda não tinha tido tempo de ouvir as recomendações que tinham acabado de ser divulgadas da reunião de peritos, face ao aumento dos casos de infeção em Portugal.
Paulo Rangel expressou a posição que tem sobre esta matéria assente "em primeiro lugar numa mensagem pedagógica" e só depois, à medida que a situação sanitária for sendo acompanhada, e tendo em conta as recomendações, "poderá haver uma medida ou outra mais exigente".
"É que há um conjunto de cuidados que todos devemos ter sem nenhuma obrigação, que devemos adotar, mas para isso é preciso uma comunicação muito forte dessas mensagens", afirmou, concretizando com "cuidados de higiene convencionais" como "a máscara em situações que a justifiquem".
O candidato a presidente do PSD entende "que medidas moderadas de cautela e de prudência se justificam, mas muitas delas podem ser, desde já, apenas aconselhadas, independentemente da sua obrigatoriedade".
Paulo Rangel admite "que o Governo, com base em informação que tenha recolhido, possa fazer uma imposição mais restritiva", mas defende que o Governo devia, antes de mais, "fazer uma comunicação bem feita", e aí acha que "se está a falhar".
"Porque nós vemos muita gente a adotar os comportamentos espontaneamente, portanto é preciso reforçar a mensagem", salientou.
Rangel insistiu que, na área da saúde, o Governo socialista "está a falhar em três dimensões", concretamente, além do aspeto da comunicação, na gestão do pós-pandemia nos hospitais, com as demissões que têm ocorrido em várias unidades do país, na vacinação contra a Covid-19.
Relativamente à vacinação, o social-democrata defende que "tem que acelerar claramente, nem que seja preciso recorrer outra vez a alguém que possa criar um estímulo, que possa dirigir a operação logística" para garantir que se chega ao Natal com a vacinação completa.
Questionado sobre a crise política no Governo dos Açores, Paulo Rangel reiterou que não vai imiscuir-se "numa questão política que é claramente regional" e que "é uma situação que compete à autonomia regional resolver e isto também em termos partidários".