22 nov, 2021 - 11:40 • Manuela Pires
Na moção de estratégia de Paulo Rangel, que vai ser entregue esta tarde, o candidato à liderança do PSD, defende que “os funcionários públicos devem beneficiar de prémios, não apenas em função dos resultados alcançados, mas também das poupanças que o Estado consiga obter”, lê-se no capítulo sobre administração pública a que a Renascença teve acesso.
Rangel entende que um dos pontos essenciais para acelerar o crescimento da economia é alterar o paradigma de relacionamento entre o Estado e os cidadãos e apostar na descentralização para as autarquias locais. Quer ainda reforçar a participação regional nas instâncias de decisão central, e defende, por isso, um Conselho de Ministros para o território que deve ter a periodicidade mensal, “que integre os ministros competentes em razão da matéria e os presidentes das CCDR’s.”
O candidato à liderança defende ainda que as CCDR (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional) devem ter “representação direta na cúpula decisória de agências económicas do Estado (AICEP, COMPETE)”.
Na moção de estratégia “Governar Portugal” que Rui(...)
Noutro capítulo assume que o combate à corrupção é uma das suas prioridades e por isso propõe a criação de uma “agência anticorrupção altamente especializada e com poderes efetivos de investigação e prossecução criminal”, lê-se na moção de estratégia global.
O texto intitulado “Portugal: Ambição e Esperança” tem perto de 60 páginas, onde se apresentam medidas e propostas-piloto elaboradas pela equipa liderada por Miguel Poiares Maduro e pelo economista Fernando Alexandre.
Na área da educação, Paulo Rangel define três prioridades, que já tinha revelado na entrevista à RenascençaRenascença, como a aposta no ensino pré-escolar gratuito e universal, o aumento da formação profissional e técnico-profissional e por último “desenvolver um ecossistema de inovação e empreendedorismo ligando as universidades às 'start-ups' e atraindo talentos empreendedores nacionais e estrangeiros”, lê-se no documento.
A moção, que é entregue esta tarde na sede do partido, no momento em que Paulo Rangel formaliza a candidatura à liderança do PSD, começa por sublinhar que o partido precisa de mudança para ser a alternativa a um Governo socialista, “precisa de mudar de estratégia e mudar de líder”.
O texto faz um diagnóstico crítico aos últimos anos de governação socialista, mas aponta também erros à oposição que não soube nem apresentar uma alternativa clara, nem denunciar as falhas do Governo de António Costa.
Diretas no PSD
Rio "trocou as suas convicções por um punhado de v(...)