28 nov, 2021 - 19:46 • Lusa
""Deus, Pátria, Família e Trabalho", é nisto que este partido acredita e continuará a acreditar", resumiu André Ventura no discurso de encerramento do IV Congresso Nacional do Chega, que decorreu entre sexta-feira e hoje em Viseu.
Partindo do eco dado pela comunicação social a algumas opiniões de cariz salazarista expressas no segundo dia do congresso, o deputado único do Chega assumiu sem timidez o lema do ditador, optando apenas para lhe acrescentar a variante do "trabalho".
"Nós somos um país de trabalho e quando dizem que somos um partido extremista, é por isto, porque não estamos para continuar a dar a quem nunca fez nada tudo e a quem trabalha tirar tudo e não dar o mínimo de dignidade".
Antes, Ventura justificou porque partilha o lema da educação do Estado Novo, embora sem nunca assumir qualquer proximidade com as políticas de Oliveira Salazar.
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Primeiro, disse que não tem "medo de falar de Deus" e que traz "sempre um terço" consigo, que exibiu na sala do congresso. Deus faz parte da sua vida "desde uma importante fase" que disse tê-lo transformado.
"Quando acreditamos, não o devemos esconder. Durante 46 anos, Deus ficou de fora do nosso discurso político, com medo de Salazar ou do Estado Novo, com medo dos fantasmas do passado ou da Segunda Guerra Mundial. Eu nunca deixarei de falar de Deus, doa a quem doer, queira ou não queira o sistema", garantiu.
O líder do Chega assegurou também que nunca deixará de "falar da Pátria, mesmo que isso hoje custe a tantos", porque todos são "o fruto da espada de D. Afonso Henriques" que libertou Portugal dos islâmicos que hoje tanta ameaça causam à Europa e à União Europeia".
"Não temos medo de falar da família, porque é ela a célula básica da nossa sociedade, que nos dá aquilo que somos e que revela aquilo que construímos ao longo do percurso de vida. Sempre que ouvi políticos a emocionarem-se na vida (...) foi quando falavam dos seus pais, dos seus avós, das suas esposas, dos seus filhos. Somos um partido que defende a família", sublinhou.
"E não temos de o dizer por muito que isso custe hoje àqueles que estão permanentemente a censurar e têm o "lápis azul" ou querem fazer qualquer revisionismo histórico sobre os dias de hoje", concluiu.
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