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PSD

Listas aprovadas. Críticos de Rio arrasam escolha dos candidatos a deputados

08 dez, 2021 - 00:45 • Manuela Pires

Há quem tenha dito que as listas são uma homenagem à mediocridade. Paulo Rangel afirmou no conselho nacional que “não há diversidade no partido”.

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Já se escutaram muitas críticas no conselho nacional do PSD que, esta terça-feira, aprovou as listas de candidatos a deputados às legislativas de janeiro.

Ao início da noite, um dos conselheiros dizia à Renascença que “uma limpeza de nomes”, e contraponto um dos elementos da direção do PSD falava em “provocação” das distritais ao indicarem determinados nomes e esquecerem outros.

Paulo Rangel, que perdeu as directas para Rui Rio, veio ao conselho nacional dizer que “Rui Rio disse que abriu a porta para criar um clima de equilíbrio de unidade no partido, mas não fez qualquer esforço nesse sentido” concluindo que “não há diversidade no PSD”.

Outra voz crítica é de Cristóvão Norte, o líder da distrital de faro que há dois anos liderava a lista no distrito, desta vez ficou de fora.

Na reunião do conselho nacional que decorreu em Évora disse que “as listas são um elogio a subserviência e uma homenagem à mediocridade” concluindo esperar que a actual liderança não faça um governo assim.

Nas listas aprovadas pela direcção do partido não estão os líderes das distritais de Faro, Viseu, Porto, Guarda e Coimbra, todos eles apoiaram Paulo Rangel na corrida à liderança.

Pelo contrário os mais próximos de Rui Rio estão nos primeiros lugares da lista, por exemplo em Lisboa, e de acordo com os nomes a que a Renascença teve acesso, para além de Ricardo Batista Leite que é primeiro da lista, seguem-se José Silvano, secretário Geral do partido, Isabel Meireles, da direcção e em quarto lugar Joaquim Sarmento, o economista que é presidente do conselho estratégico nacional.

Apesar destas críticas, Rui Rio garantia, antes da reunião, aos jornalistas que “não há qualquer limpeza étnica, há clarificações”, estão diversas etnias na lista, é multicultural” garantia ao inicio da noite.

O líder do PSD explicou ainda que a ideia é fazer também uma renovação das listas “há deputados que já estão há muitos anos no parlamento, mas não em todos, mas traço comum há renovação e manutenção de alguma novidade” referiu Rui Rio depois da reunião da comissão politica nacional que aprovou as listas de candidatos a deputados.

As listas foram aprovadas com 67 votos a favor, 21 contra e seis abstenções. A reunião do conselho nacional decidiu já alterar o local do congresso marcado para os dias 17, 18 e 19 de dezembro de Lisboa para Santa Maria da Feira por razões sanitárias e financeiras.
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  • Cidadao
    08 dez, 2021 Lisboa 12:31
    Os "Rangelianos" perderam uma batalha que parecia ganha, agora enfrentam as consequências. Perdeu-se uma oportunidade de unir o PSD - não tenho dúvidas que esta Oposição interna não vai desaparecer, vai andar por aqui e por ali a minar. E se Rui Rio tiver outra derrota em 30 de Janeiro, ou se andar outra legislatura a fazer de mendigo de um Bloco Central que o PS já rejeitou, sem fazer Oposição nem se mostrar alternativa viável, pior será. Mas em Democracia, manda quem ganha, nem que seja por um voto. Rio ganhou, Rangel Perdeu. Assim será.
  • Bruno
    08 dez, 2021 aqui 03:29
    Nem em período pré-eleitoral e na ressaca de mais uma derrota interna estes críticos se calam.

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