14 dez, 2021 - 19:33 • Fábio Monteiro
Dos oito nomes escolhidos por Rui Rio – quatro candidatos, quatro suplentes - para irem a votos pelo PSD de Castelo Branco nas eleições legislativas, três renunciaram já esta semana ao lugar, devido à controvérsia em redor do processo de feitura das listas, apurou a Renascença.
Saiu Nuno Almeida Santos, número três da lista, que já passou pelo Parlamento na VIII Legislatura, e também as candidatas suplentes Carla Nabais e Vanda Ferreira. Os nomes dos substitutos ainda não são conhecidos, nem há reação oficial da direção do PSD ao sucedido.
Tal como aconteceu noutros distritos, os nomes escolhidos por Rio para Castelo Branco não foram consensuais. À cabeça vai Cláudia André, deputada desde 2019, e no segundo lugar está o advogado Álvaro Batista.
Em declarações à Renascença, fonte local do PSD acusou Rui Rio de uma “interferência abusiva” e de ter feito uma “purga”. “Há um forte sentimento de indignação junto dos militantes”, disse.
O líder da distrital do PSD de Castelo Branco, Luís Santos, ficou de fora da lista de candidatos a deputados, sendo substituído por Álvaro Batista, advogado que disputou e perdeu a presidência da distrital precisamente para Santos.
Luís Santos foi apoiante de Paulo Rangel, nas diretas do PSD, e foi reeleito como presidente da distrital três dias antes do anúncio das listas.
Esta terça-feira, a Comissão Política Distrital do PSD de Castelo Branco emitiu um comunicado a lamentar que a lista de deputados enviada para a Nacional tenha sido alterada sem qualquer informação prévia.
A Renascença sabe que foi convocada para quinta-feira – um dia antes do arranque do congresso do PSD - uma assembleia extraordinária da distrital do partido, com o objetivo de discutir esta situação.