18 dez, 2021 - 00:16 • Fábio Monteiro , Susana Madureira Martins , Manuela Pires , Vítor Mesquita
Para Miguel Pinto Luz, não faz sentido pôr Rui Rio sob pressão para ganhar as próximas legislativas. E se não conseguir uma maioria também não deve sair de líder do PSD.
“É escusado estarmos a pôr essa pressão sobre Rui Rio. Rio. Acabou de ser eleito há umas semanas”, disse, em declarações à Renascença, o social-democrata que em 2020 disputou a liderança do PSD e no 39.º Congresso do PSD irá apresentar uma lista ao conselho nacional.
Mesmo que o PSD perca as eleições, o lugar de Rio não deverá ser posto em causa. “Rui Rio foi escolhido de forma clara para líder do partido. Depois das eleições, iremos ver o quadro de governabilidade que teremos. O partido tem de estar disponível para encontrar uma solução de governabilidade”, afirmou.
Segundo Pinto Luz, Rio abriu o congresso com um “discurso virado para fora”. “A quarenta dias de eleições legislativas, precisamos de responder ao partido socialista, apresentar uma alternativa. E os nossos inimigos estão lá fora”, justificou.
O social-democrata irá apresentar uma lista ao conselho nacional do partido, pois entende que esse órgão é o “parlamento” do partido. E que, por definição, deve “ser capaz de albergar várias tendências, várias sensibilidades”.
Miguel Pinto Luz vê com bons olhos o fim do período de “recato” de Luís Montenegro, pessoa que diz ser “um grande quadro”.
“O PSD sempre foi um partido de muitos protagonistas e hoje vemos poucos protagonistas. E isso é mau para um partido grande, que quer ter tração na sociedade portuguesa, e para isso precisamos de rostos, figuras”, disse.