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​Marcelo pede que sejam evitados “miniciclos políticos”

23 dez, 2021 - 15:30 • Maria João Costa

Na contagem decrescente para as legislativas de janeiro, o Presidente da república considera necessária a “previsibilidade política” e espera que “as eleições permitam um horizonte até 2026”.

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“Nunca há boas ocasiões para uma não aprovação do Orçamento”, desabafa Marcelo Rebelo de Sousa. A caminho das legislativas, num discurso no conselho da Diáspora portuguesa, esta quinta-feira, em Cascais, o Presidente da República considerou que devem ser evitados “miniciclos políticos”.

O chefe de Estado apela à estabilidade. “Do ponto de vista económico e social, temos à nossa frente um período muito importante”, sublinha Marcelo Rebelo de Sousa que fala num desafio nacional.

“Não vai ser possível continuar a enfrentar a pandemia e sobretudo por de pé a resposta económica e social, que é necessária, se não houver previsibilidade no sistema político”, reforça.

Num discurso longo à diáspora portuguesa, o Presidente identificou um problema, nomeadamente o do sistema político não ter “capacidade para responder com previsibilidade a desafios que são de médio prazo, que são os 6,7,10 anos”.

Considerando que não há boas ocasiões para a não aprovação de orçamentos, “muito menos nas circunstâncias que estávamos a viver”, Marcelo diz, no entanto, que se levanta uma oportunidade.

“Permite que as eleições no início de janeiro, coincidam com um momento do ciclo pandémico e do ciclo económico e social em termos de gestão dos fundos que não seja um momento intercalar tardio”, afirmou.

Para o Presidente da República, “os portugueses têm agora a oportunidade, daqui até ao dia 30 de janeiro, de ponderar as escolhas, quer no que respeita ao pós-pandemia, quer no que respeita à gestão económica e social, tendo presente que o esforço que vai ser exigido é de fôlego e não pode ser um esforço traduzido em miniciclos políticos, porque isso seria perder”.

Marcelo Rebelo de Sousa, que fala em reconstrução económica, considera que “as eleições permitem um horizonte até 2026”.

O Presidente conclui que “ninguém desejaria, nem deseja este tipo de desafios, mas é um desafio que com serenidade permite a Portugal no final de janeiro fazer escolhas que outros países vão fazer mais tarde, em condições mais complexas”.

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