03 jan, 2022 - 22:20 • Redação, com Lusa
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Rui Rio, do PSD, e André Ventura, do Chega, tentaram marcar diferenças entre si durante o terceiro debate televisivo das Legislativas de 2022, realizado esta terça-feira, na SIC.
O líder social-democrata classificou Ventura e o seu partido de "instável" e que "há divergências de fundo" que não permitem que haja uma coligação entre os dois partidos.
"Eu não quero ir para o poder a qualquer preço como Costa fez com a gerigonça", disse, Rui Rio.
O candidato do PSD acrescentou, ainda, que um voto no Chega "é dificultar a possibilidade do PSD conseguir governar o país".
Na resposta, André Ventura disse que, nesse caso, o PSD está atirar a governação para o PS.
"O ónus tem de ficar do lado de Rui Rio. Foi ele quem disse que abdicaria de Governar se dependesse do Chega", realçou.
O líder do Chega referiu que essa postura "é de quem prefere estar com António Costa".
"Afinal, o PS foi tão mau, mas prefere governar com o que se sabe em vez de um projeto de transformação", criticou.
Questionado se prefere entregar o poder ao PS a fazer um entendimento com o Chega, Rio contrapôs com um desafio a André Ventura: "Se o PSD apresentar um programa de Governo na Assembleia da República - não é votado, mas podem meter uma moção de censura - aí naturalmente o dr. André Ventura tem de decidir se quer chumbar o Governo do PSD e abrir portas à esquerda", afirmou.
Confrontado com esta questão, o líder do Chega reiterou as suas condições para essa viabilização: "O Chega só aceita um Governo de direita em que possa fazer transformações e isso implica presença no Governo", disse.
Ainda assim, André Ventura reiterou que "tudo fará" para afastar António Costa do poder e manifestou-se disponível para o diálogo com Rui Rio no pós-eleições.
"Ninguém vota no Chega para ser muleta do PSD, para nós é preciso conversar para haver um Governo que afaste António Costa, o Chega está disponível para conversar no pós 30 de janeiro", assegurou.