05 jan, 2022 - 23:58 • Susana Madureira Martins
Foi tenso o debate entre André Ventura (Chega) e Rui Tavares (Livre) na pré-campanha das legislativas.
No frente a frente na CNN, o líder do Chega acusou o cabeça de lista do Livre a Lisboa de ter o programa eleitoral mais irresponsável que já viu, criticando por exemplo a proposta de Tavares sobre o Rendimento Básico Universal.
"O Rui Tavares, para além de defender o subsídio de desemprego para quem se despede, defende o Rendimento Básico Universal, que é uma espécie de pagar a toda a gente.
José Sócrates, Ricardo Salgado estariam a receber o seu Rendimento Básico Universal, que é o que a esquerda humanista quer: pagar a toda a gente para não fazer nada.
A par de querer pagar este rendimento, que é uma coisa inacreditável, Rui Tavares diz quer energia mais barata, mas não diz aos portugueses que, no seu programa, está a criação da taxa do carbono e a taxa do entulho".
Na resposta, o candidato do Livre defendeu a proposta do Rendimento Básico Universal, dizendo que tem de sido testada noutros países.
"Temos de testar o Rendimento Básico Incondicional, porque é uma medida que pode erradicar a pobreza e libertar as pessoas. Temos, noutros países como a França, a possibilidade de, em algumas condições, o subsídio de desemprego poder ser atribuído a quem é despedido, mas também a quem quer fazer reformulação e requalificação para poder ter no nosso país trabalho, qualificações e formação".
Outro dos pontos quentes do debate foi o financiamento do Chega, com Rui Tavares e referir que o partido de André Ventura recebe o apoio, "nomeadamente da indústria do armamento e de empresários com contas em offshores".
Ventura contra-atacou com a ligação de Tavares ao socialista Fernando Medina na câmara de Lisboa.
"Falar de financiadores quando andou na candidatura a Lisboa, financiada todos sabemos por quem e por que donativos ao PS, um bocadinho de vergonha. Medina teve buscas por corrupção uns meses antes e depois andou na campanha com ele", atirou o líder do Chega.