13 jan, 2022 - 20:53 • Sofia Freitas Moreira
Questionado sobre a questão dos impostos, o líder do PSD destaca a importância das "empresas, que criam emprego", defendendo querer baixar primeiro o IRC e só depois o IRS.
“Se olharmos à governação do país desde 1995, verificamos que há uma degradação dos rácios todos. Temos de fazer diferente. Um dos aspetos nucleares é a carga fiscal. Temos de mudar o modelo. Temos de apostar nas exportações e no investimento e só depois distribuir a riqueza”, explica Rui Rio.
António Costa, na resposta, começa por prometer "uma redução do IRS muito forte para todas as famílias que têm filhos".
O atual primeiro-ministro defende ainda que tem "balanço para apresentar em matéria de redução de fiscalidade", recordando também que “entre o fim da sobretaxa, o desdobramento dos escalões e o aumento das deduções, as famílias pouparam nestes seis anos 6.772 milhões de euros”.
Rui Rio foi rápido na crítica que se seguiu. “Acabei de ouvir António Costa e o que disse é que vamos na mesma linha de continuidade”, começa por dizer. “As coisas vão continuar na mesma. Portugal vai continuar a cair”, remata.
Rio defende "uma ótica de futuro" no que toca às empresas que quer tributar menos, para que o investimento aumente.
Em resposta, António Costa afirma que a proposta do PSD para o IRC "está errada".
“Rio é economista e não deve jogar com os conceitos, porque carga fiscal não são só impostos mas também contribuições para a Segurança Social”, concluiu.
António Costa, e o presidente do PSD, Rui Rio, protagonizam esta quinta-feira o único debate a dois antes das legislativas de 30 de janeiro, que está a ser transmitido pelas três televisões generalistas.
Há dois anos, na pré-campanha para as legislativas de 6 de outubro de 2019, os líderes dos dois maiores partidos tiveram um debate semelhante, organizado e transmitido por RTP, SIC e TVI (visto por 2,66 milhões de portugueses), e protagonizaram também um confronto radiofónico, transmitido pela Antena 1, Rádio Renascença e TSF.
O ‘chumbo’ do Orçamento do Estado para 2022 levou à marcação de eleições antecipadas para 30 de janeiro, encurtando em quase dois anos a legislatura.
[Em atualização]