14 jan, 2022 - 22:23 • Susana Madureira Martins , com Redação
O debate desta sexta-feira entre António Costa e João Cotrim Figueiredo, na TVI, foi marcado pelas muitas diferenças ideológicas entre os dois candidatos.
O líder da Iniciativa Liberal disse que a ideia de que a Economia do país ter crescido nos últimos anos não passava de "propaganda socialista".
"Portugal cresceu 2,8% média. E foi superior à média da União Europeia. O que António Costa não diz é que a média está deprimida. E se compararmos Portugal com outros países comparáveis connosco, há 11 países a crescer mais do que nós", aponta.
Na resposta, o primeiro-ministro insistiu que a Enonomia cresceu sete vezes mais na última legislatura do que nos 15 anos anteriores.
"Se isto não significa termos avançado face à estagnação, eu não sei o que significa virar a página da estagnação", ironizou Costa.
A discussão centrou-se depois na política fiscal.
O líder socialista garantiu que com o Orçamento de Estado que tem para aprovar o IRS baixa mesmo.
Já Cotrim Figueiredo contrapõe e dá o exemplo de alguém que ganha 800 euros e vê o seu salário aumentado, o que levaria "o Estado a ficar com metade do aumento".
"Não compensa trabalhar para subir na vida em Portugal", lamenta o candidato da IL.
Da política fiscal para as pensões, Costa critica o sistema de pensões defendido pelos liberais, em que uma parte é paga pela Segurança Social e a outra tem de ser aplicada numa capitalização e diz que a ideia pode "minar o sistema".
Na área laboral, Costa defendeu que é preciso estudar a semana de quatro dias de trabalho, Cotrim Figueiredo considera a ideia irrealista