18 jan, 2022 - 16:23 • Liliana Monteiro
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Este é o primeiro dia de uma nova gestão do Hospital Beatriz Ângelo. Desde 2012 que a unidade de Loures era uma parceira público-privada (PPP). Nesta terça-feira, passa para as mãos únicas e exclusivas do Estado.
Porquê?, pergunta a Iniciativa Liberal (IL). Cotrim Figueiredo considera que “o fim desta PPP é um erro. Os motivos pelos quais não houve acordo têm de ser explicados. Os relatos que nos chegam do processo negocial são estranhos com poucas reuniões”.
“Por causa da pandemia, receberam ordens para não praticar determinados atos médicos e depois foram avaliados pela inexistência desses mesmo atos médicos”, acusa, acrescentando que “este hospital tinha o segundo custo por doente mais baixo da rede dos hospitais do SNS e agora vai acabar”.
Ao contrário do que acontece noutras áreas, a IL acredita que estas parcerias na saúde se revelaram boas e funcionais.
Poupanças efetivas para o erário público em cerca (...)
“Todos os relatórios independentes o indicam: na qualidade de serviço, satisfação dos utentes e no custo financeiro”, acrescenta o candidato, puxando de uma informação recente do Tribunal de Contas para mostrar a poupança perdida.
“O Tribunal de Contas fez as contas de quanto seria poupado no SNS todo se todos os hospitais tivessem a eficiência das PPP. São 767 milhões de euros por ano que podiam ser poupados! Como é que é possível não aproveitar a capacidade instalada neste tipo de sistema?”, questionou.
Cotrim Figueiredo falava à porta do Beatriz Ângelo, que abrange uma população de quase 300 mil habitantes dos concelhos de Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço e Odivelas.
Esta parceria público-privada tinha inicialmente previsto custar ao Estado 150 milhões de euros, a pagar ao longo de 30 anos pela construção e manutenção do edifício, mais 444 milhões pela gestão clínica e produção contratualizada ao longo de dez anos.
Já em Torres Vedras, a comitiva da Iniciativa Liberal visitou uma bomba de gasolina para abordar o tema da subida do preço dos combustíveis e os impostos a eles associados.
“O imposto petrolífero tem subido consecutivamente já vai em 13 cêntimos e meio. Queremos repor o valor do imposto ao valor a que estava quando o Partido Socialista tomou conta do Governo”, afirmou o candidato, que lembrou que há muita gente do interior do país e fronteira que “não tem transportes e precisa de usar obrigatoriamente o carro”.
Cotrim diz que é preciso baixar imposto e reverter o que está a acontecer. “Os estudos indicam que a diferença de preços entre Portugal e Espanha levam muitos portugueses a ir ao país vizinho abastecer. Significa isso que deixam de pagar cá o imposto correspondente a uma estimativa de 400 milhões de euros”.
Protesto também quer exigir que no debate desta no(...)